7 maneiras como a proteína animal pode prejudicar a sua saúde

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Você conhece as sete maneiras como a proteína animal pode prejudicar a sua saúde? Hoje, sabemos que as proteínas de plantas e animais, em sua maioria, são "proteínas completas", o que significa que contêm todos os aminoácidos essenciais que precisamos. No entanto, as pessoas às vezes usam o termo "baixa qualidade" quando falam de proteínas vegetais porque elas tipicamente têm uma menor proporção desses aminoácidos essenciais em comparação com proteínas animais.

Mas é importante entender que ter uma maior proporção de aminoácidos essenciais, como a proteína animal, é prejudicial, e não vantajoso, para a nossa saúde. Descrevemos sete maneiras pelas quais a proteína animal prejudica a sua saúde.

1. Proteína e fibra animal (ou sua total ausência)

Ao contrário da proteína vegetal, que vem junto com fibra, antioxidantes e fitonutrientes, a proteína animal não vem com nada disso. Carnes, ovos, aves, laticínios, peixes e outros alimentos animais não têm absolutamente nenhuma fibra.

Muitas pessoas, em seus esforços para obter "suficiente" proteína, tendem a comer grandes quantidades de alimentos animais, reduzindo os alimentos vegetais que têm esses nutrientes importantes. As deficiências de fibra, em particular, são bastante comuns.

Por exemplo, o Instituto de Medicina (EUA) recomenda que os homens consumam diariamente 38 gramas de fibra, mas o adulto médio come apenas cerca de 15 gramas por dia - menos da metade da quantidade recomendada. De fato, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês), quase todos os norte-americanos (~ 95%) não consomem uma quantidade suficiente de fibra dietética.

A ingestão elevada de fibras está associada a um menor risco de câncer, especialmente de cólon e mama, bem como menor risco de colite ulcerativa, doença de Crohn, constipação e diverticulite. As fibras também podem reduzir o risco de acidente vascular cerebral (AVC), colesterol alto e doenças cardíacas.

2. Proteína animal e IGF-1 (aumento do risco de câncer)

Quando ingerimos proteínas que têm maior proporção de aminoácidos essenciais (que é uma característica da proteína animal), isso resulta em nosso corpo produzindo níveis mais elevados do hormônio de crescimento (IGF-1).

Esse hormônio estimula a divisão celular e o crescimento em células saudáveis e de câncer e, por essa razão, ter maiores níveis circulantes de IGF-1 tem sido consistentemente associado ao aumento do risco de câncer, proliferação e malignidade.

3. Proteína animal e TMAO

O consumo de proteínas animais também resulta em níveis mais elevados de N-óxido de trimetilamina (TMAO), uma substância que prejudica o revestimento de nossos vasos, cria inflamação e facilita a formação de placas de colesterol em nossos vasos sanguíneos. E isso, é claro, é altamente problemático para a saúde cardiovascular.

O TMAO é criado por interações complexas envolvendo nossa flora intestinal e os nutrientes nos alimentos que ingerimos. E quando comemos alimentos de origem animal, ele altera nossa flora intestinal de tal forma que facilita a criação de TMAO.

Assim, consumir alimentos animais resulta em níveis mais altos de TMAO, que são prejudiciais para nossos vasos. Mesmo sem todos os outros aspectos problemáticos dos alimentos animais, essa questão envolvendo o TMAO é, de acordo com o presidente do Colégio Americano de Cardiologia, Dr. Kim A. Williams, suficiente por si só para as pessoas evitarem os alimentos de origem animal.

4. Proteína animal e fósforo

A proteína animal contém altos níveis de fósforo. E quando consumimos grandes quantidades desse elemento, uma das formas do nosso corpo normalizar seus níveis é com um hormônio chamado fator de crescimento fibroblástico 23 (FGF23).

O FGF23 foi mostrado ser prejudicial aos nossos vasos sanguíneos. Ele também pode levar à hipertrofia do ventrículo cardíaco (aumento anormal do nosso músculo cardíaco) e está associado a ataques cardíacos, morte súbita e insuficiência cardíaca. Assim, comer proteína animal com sua alta concentração de fósforo pode resultar em níveis aumentados desse hormônio em nosso corpo, o que é altamente problemático para a nossa saúde.

5. Proteína animal, ferro heme e radicais livres

O ferro é o metal mais abundante no corpo humano. Podemos consumi-lo de duas formas: (a) ferro heme, encontrado amplamente em alimentos de origem animal como bois, aves e peixes; (b) ferro não heme, encontrado amplamente em alimentos vegetais.

Um dos problemas com o ferro heme é que ele pode converter oxidantes menos reativos em radicais livres altamente reativos. E os radicais livres podem danificar diferentes estruturas celulares como proteínas, membranas e DNA.

O ferro heme também pode catalisar a formação de compostos N-nitrosos, que são carcinógenos potentes, em nosso corpo. Portanto, não surpreendentemente, o consumo elevado de ferro heme tem sido associado a muitos tipos de câncer gastrointestinal, bem como outras patologias.

É verdade que o ferro heme tem taxas de absorção e biodisponibilidade mais elevadas do que o ferro não heme. No entanto, o ferro em si pode causar estresse oxidativo e danos ao DNA - então, com ferro em geral, nem sempre é uma situação em que "mais é melhor".

Embora definitivamente precisemos de ferro, a absorção e biodisponibilidade desse elemento de uma dieta bem planejada e baseada em plantas é geralmente adequada, e pode evitar as complicações associadas com ferro heme e outros problemas de saúde associados aos alimentos de origem animal.

6. Aminoácidos contendo maior teor de enxofre e problemas de saúde óssea

As proteínas animais também têm, em geral, concentrações mais altas de aminoácidos contendo enxofre, o que pode induzir um sutil estado de acidose quando metabolizado. Um dos mecanismos que nosso corpo usa para compensar essa acidose é a lixiviação de cálcio de nossos ossos para ajudar a neutralizar o aumento da acidez. Com o tempo, isso pode ter um efeito prejudicial sobre a saúde óssea.

Essa é uma das razões pelas quais alguns estudos descobriram que as populações com maior consumo de leite, bem como maior consumo de proteína animal em geral, têm maior incidência de fraturas ósseas.

7. Proteína animal e colesterol

A maioria dos alimentos de origem animal contém gordura saturada e colesterol, e isso é verdade também para as chamadas carnes "magras" como frango, peru e salmão, independentemente de como são preparadas - mesmo cozidas no vapor.

Como seres humanos, não precisamos consumir qualquer colesterol, uma vez que nosso corpo sintetiza todo o colesterol que precisamos para nossas funções fisiológicas.

Ingerir colesterol é um fato problemático para a nossa saúde, já que aumenta o risco de desenvolver doenças cardíacas - atualmente a causa número um de morte para homens e mulheres nos Estados Unidos.

A aterosclerose, ou placas de colesterol que se acumulam no revestimento de nossos vasos, é menos comum em uma dieta vegetal desprovida de produtos de origem animal. E alguns estudos descobriram que comer dessa maneira pode até mesmo reverter a aterosclerose.


Dadas todas essas questões, o aspecto "de alta qualidade" da proteína animal pode ser mais apropriadamente descrito como "alto risco".

E não há necessidade de se preocupar em obter proteína suficiente. Se você está comendo uma variedade razoável de alimentos vegetais (por exemplo: legumes, frutas, verduras, grãos, raízes, nozes e sementes) e está ingerindo calorias suficientes (ou seja, você se sente satisfeito), não há necessidade de se preocupar com a adequação de proteínas (ou sobre a obtenção da quantidade certa de um nutriente ou outro).

Os aminoácidos que precisamos são estruturalmente idênticos, independentemente da fonte. No entanto, como discutido acima, existem implicações graves para a saúde, dependendo se os aminoácidos vêm de alimentos de origem animal ou vegetal. O presidente do Departamento de Nutrição de Harvard, Dr. Walter Willett,  disse isso bem: "Para os sistemas metabólicos envolvidos na produção e reparação de proteínas, é irrelevante se os aminoácidos vêm de proteínas animais ou vegetais. No entanto, a proteína não é consumida isoladamente. Em vez disso, é embalada com uma série de outros nutrientes".

Ele, portanto, nos recomenda "escolher os melhores pacotes de proteínas, enfatizando fontes de proteínas vegetais em vez de fontes animais". No final, os alimentos vegetais são os verdadeiros alimentos de alta qualidade que deveríamos comer para uma saúde ótima.



NOTA DA NATUREZA EM FORMA:

Animais não são alimento, nenhum deles. Eles não são comida nem escravos dos humanos. Sentem como todos nós e por isso merecem a vida e a liberdade. A alimentação vegetariana estrita, sem carne de qualquer tipo ou derivados (laticínios, ovos, mel), já está provada como sendo a mais saudável para os humanos. Quem opta pelo veganismo (que engloba não somente a dieta vegetariana estrita, como também o não uso de roupas e acessórios de couro, lã, pele e seda, assim como o boicote a "atrações" que exploram os animais, como zoológicos, circos e aquários, e a empresas que fazem testes em animais) está fazendo um bem pelos animais e para sua própria saúde e vida. E não é difícil nem caro. Quer uma ajuda para começar a parar de comer carne? O primeiro passo é a informação. Aprenda com quem já vive esse estilo de vida: pergunte, pesquise. Use as redes sociais para expandir seu conhecimento sobre vários assuntos, inclusive esse, que é vital para você e um imensurável número de vidas inocentes. Há diversos grupos sobre o tema no Facebook. Listamos abaixo alguns deles:

VegAjuda - Veganismo disponibiliza um tópico fixo com uma lista de produtos (não só para alimentação) livres de crueldade animal e oferece sempre diversas dicas para iniciantes e "veteranos";

Veganismo é um dos maiores grupos sobre o tema no Facebook, com quase 50 mil membros sempre compartilhando experiências e tirando dúvidas;

Veganismo Popular e Veganos Pobres Brasil desmitificam a ideia de que veganismo é caro. É perfeitamente viável seguir uma alimentação diária sem crueldade animal e sem maltratar o bolso;

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