Todos os anos, no período que abrange as festas de fim de ano e as férias escolares, o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil lança uma campanha para conscientizar a população sobre a importância de a condução de veículos ser feita com atenção e segurança. Mas a campanha mais recente, lançada nos últimos dias de dezembro, tem recebido muitas críticas.
As peças publicitárias mostram que pessoas que fazem coisas boas como ir bem na faculdade, resgatar animais na rua e plantar árvores pela cidade também podem causar acidentes e matar. A ideia em si parece boa, pois sai do estereótipo do motorista bêbado e descontrolado causando acidentes. A campanha coloca pessoas consideradas boas pela sociedade matando outras apenas pelo descuido de responder uma mensagem no celular enquanto dirige.
Mas apenas ideias boas não fazem boas campanhas publicitárias, e a execução dessa em questão, intitulada "Operação Rodovida", acaba por passar uma mensagem equivocada e tem sido considerada um desserviço. A peça que mostra protetores de animais traz a seguinte frase em letras grandes: "Quem resgata animais na rua pode matar". Embaixo, com letras bem menores, está escrito: "Não use o celular ao volante. Gente boa também mata".
Ao olhar o cartaz, que deve estampar pontos de ônibus e estradas de todo o País até o início de março, a pessoa só enxerga a primeira frase, que aparece em destaque. E aí está o problema. A maioria da população vai receber a informação de que pessoas que resgatam animais na rua podem ser perigosas. Pode parecer uma conclusão absurda para alguns, mas a verdade é que muita gente não terá capacidade de assimilar e entender de forma correta o que esses cartazes querem dizer.
Um dos maiores sites publicitários do Brasil, o Brainstorm#9, classificou a campanha como "esquisita" e disse que ela "usa de associações que beiram o bizarro".
O Instituto Luisa Mell, ONG da apresentadora e ativista vegana Luisa Mell, emitiu uma nota lamentando a campanha. "Entendemos a mensagem, mas acreditamos que a agência responsável foi absurdamente infeliz na forma como escreveu", diz o texto.
A página do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil no Facebook tem recebido opiniões divididas, mas a maioria condena a campanha.
NOTA DA NATUREZA EM FORMA:
E o governo federal segue em sua desastrosa relação com a causa animal. Dessa vez, involuntariamente. Pior ainda quando é proposital e levam em conta que animais são objetos, produtos, mercadorias, pautados não apenas por essa crença, mas também pela corrupção, como foi o caso de passar por cima da Constituição Federal, Supremo Tribunal Federal (STF), Ministérios Públicos, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Associação Brasileira de Medicina Veterinária Legal (ABMVL), Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), Lei 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais) e resultado de consulta pública para legalizar maus-tratos aos animais. Leia aqui.
[ATUALIZAÇÃO: Após polêmica em torno da nova campanha de segurança no trânsito, a Secretaria Especial de Comunicação da Presidência da República (Secom) determinou a retirada "imediata" dos cartazes que foram distribuídos em mobiliários urbanos de várias cidades do País. Fonte: Uol]
E o governo federal segue em sua desastrosa relação com a causa animal. Dessa vez, involuntariamente. Pior ainda quando é proposital e levam em conta que animais são objetos, produtos, mercadorias, pautados não apenas por essa crença, mas também pela corrupção, como foi o caso de passar por cima da Constituição Federal, Supremo Tribunal Federal (STF), Ministérios Públicos, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Associação Brasileira de Medicina Veterinária Legal (ABMVL), Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), Lei 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais) e resultado de consulta pública para legalizar maus-tratos aos animais. Leia aqui.
[ATUALIZAÇÃO: Após polêmica em torno da nova campanha de segurança no trânsito, a Secretaria Especial de Comunicação da Presidência da República (Secom) determinou a retirada "imediata" dos cartazes que foram distribuídos em mobiliários urbanos de várias cidades do País. Fonte: Uol]
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