O filme Okja (2017), dirigido pelo sul-coreano Joon-ho Bong e estrelado por Tilda Swinton e Jake Gyllenhaal, acompanha a relação especial de Mija (interpretada pela atriz-mirim Seo-Hyun Ahn) com a protagonista Okja, uma “superporca” destinada ao matadouro.
A história, produzida pela Netflix, tem feito grande sucesso no mundo todo, mas estão completamente errados aqueles espectadores que acham que os procedimentos cruéis a que Okja e outros superporcos são submetidos são somente “coisa de filme”: as cenas de crueldade e sofrimento retratadas fazem parte da realidade de bilhões de animais explorados na indústria pecuária todos os dias.
A história, produzida pela Netflix, tem feito grande sucesso no mundo todo, mas estão completamente errados aqueles espectadores que acham que os procedimentos cruéis a que Okja e outros superporcos são submetidos são somente “coisa de filme”: as cenas de crueldade e sofrimento retratadas fazem parte da realidade de bilhões de animais explorados na indústria pecuária todos os dias.
Veja 12 fotos que provam que animais como a Okja são reais (alerta de spoiler: o texto a seguir contém informações sobre a trama).
1. Okja é colocada em alguns caminhões para transporte. Na vida real, os animais explorados pela indústria pecuária são levados para os matadouros em caminhões, geralmente abarrotados com centenas de outros bichos condenados à morte. Repare no terror em seus olhos - será que eles sabem que estão prestes a morrer?
2. Okja escapa de um caminhão e corre aterrorizada pelas ruas. Caminhões transportando animais reais para matadouros se envolvem com frequência em grandes acidentes, deixando os bichos - aqueles que sobrevivem - feridos e apavorados*.
3. Okja é levada para um local repleto de superporcos, quase idêntico às fazendas onde animais reais são confinados antes de serem mortos para a produção de carne. Nesses lugares, as condições de vida dos bichos são extremamente precárias, e eles muitas vezes vivem entre os próprios dejetos, à espera da morte iminente.
4. No filme, um homem conduz superporcos por uma rampa que leva para o matadouro, dando choques elétricos neles - uma prática muito comum em matadouros. Na imagem abaixo, ovelhas assustadas são levadas para uma produção abusiva de lã ou para a morte motivada pelo consumo.
5. Okja é colocada dentro de uma máquina assustadora, que existe na vida real e é chamada de caixa reversa pneumática. Essa máquina é utilizada em matadouros para matar vacas.
6. Ao serem colocados na caixa reversa pneumática, os superporcos recebem uma injeção que atordoa a mente antes de terem suas gargantas cortadas. Contudo, na vida real, esse procedimento, que ajudaria a diminuir a dor do animal, nem sempre funciona. Isso significa que, frequentemente, os animais estão em plena consciência quando suas gargantas são cortadas.
7. Assim como os superporcos do filme, as vacas reais têm seus corpos presos no teto dos matadouros para drenar o sangue, antes do processo de produção de carne.
8. Mija, a tutora de Okja, olha aterrorizada para o teto do matadouro repleto de corpos pendurados de superporcos mortos. Em matadouros reais, a imagem é ainda mais chocante.
9. Os funcionários do matadouro no filme utilizam uma serra para cortar ao meio as carcaças dos superporcos. O mesmo procedimento é feito com vacas reais, cujas colunas vertebrais são cortadas ao meio.
10. No filme, um trabalhador limpa o chão repleto de sangue. Já a realidade dos matadouros é bem mais assustadora: eles são inevitavelmente pintados de sangue, servindo como lembrança de todos os animais que sofreram e morreram naquele local.
11. Tanto no filme quanto na vida real, funcionários desmembram os corpos dos animais e os transformam em pedaços de carne para serem rotulados como "comida" e vendidos em supermercados.
12. Não são apenas os animais adultos que são vítimas da indústria pecuária. Os filhotes na vida real não possuem a mesma sorte que o pequeno superporco resgatado por Mija e Okja no filme. Porquinhos são retirados de suas mães com apenas algumas semanas de vida. Eles têm seus rabos cortados, dentes retirados e os machos têm seus testículos arrancados. Toda essa tortura é feita sem anestesia.
Também como no filme, as mães nas indústrias da carne e do leite fazem tudo o que podem para evitar que seus filhos sejam mortos. Leia aqui (em inglês) a história de uma vaca resgatada da indústria do leite que escondeu no mato sua filha recém-nascida, já no santuário, por achar que ela também lhe seria tirada como todos os seus outros filhos durante o tempo em que era explorada.
Se você se emocionou ao ver a situação em que Okja foi colocada, viu agora que existem todos esses animais reais passando pelo mesmo sofrimento. Felizmente, você pode fazer algo muito importante para ajudá-los: tornar-se vegano**.
Fotos: Reprodução
De acordo com a ONG PETA, o filme, lançado em meados de maio de 2017, foi responsável pelo aumento de 65% nas pesquisas do Google pelo termo 'vegano'. No final de junho, as buscas alcançaram níveis equivalentes àqueles que ocorrem anualmente perto do ano-novo, uma época em que as pessoas fazem resoluções frequentemente relacionadas a melhorar a alimentação e o estilo de vida.
A PETA prevê que esse aumento continue graças ao documentário sobre veganismo What the Health (2017), recentemente considerado responsável pelo aumento no número de clientes veganos em restaurantes de Dallas, no Texas (EUA), segundo a VegNews. “Esses filmes poderosos estão criando uma nova geração de veganos”, diz a vice-presidente de Comunicação da PETA, Colleen O’Brien.
A PETA prevê que esse aumento continue graças ao documentário sobre veganismo What the Health (2017), recentemente considerado responsável pelo aumento no número de clientes veganos em restaurantes de Dallas, no Texas (EUA), segundo a VegNews. “Esses filmes poderosos estão criando uma nova geração de veganos”, diz a vice-presidente de Comunicação da PETA, Colleen O’Brien.
NOTAS DA NATUREZA EM FORMA:
*2. Um dos acidentes mais marcantes aqui no Brasil foi o ocorrido no Rodoanel, em São Paulo, com um caminhão que transportava porcos, em agosto de 2015. Os sobreviventes foram resgatados, e hoje há 50 porcos vivendo em um santuário em São Roque, interior do estado, aguardando ser adotados por uma família que os trate com a dignidade e amor que merecem.
Nós somos intermediadores dessas adoções. Se você é vegetariano / vegetariano estrito / vegano, mora em uma casa com recinto de terra com pelo menos 100 metros quadrados e estruturas fortes para aguentar a força deles (os animais adultos pesam em torno de 300 quilos) e tem muito amor para dar, fale com a gente: (11) 3151-2536 / 3151-4885 / 7766-1559 (Nextel) / contato@naturezaemforma.org.br.
Nós somos intermediadores dessas adoções. Se você é vegetariano / vegetariano estrito / vegano, mora em uma casa com recinto de terra com pelo menos 100 metros quadrados e estruturas fortes para aguentar a força deles (os animais adultos pesam em torno de 300 quilos) e tem muito amor para dar, fale com a gente: (11) 3151-2536 / 3151-4885 / 7766-1559 (Nextel) / contato@naturezaemforma.org.br.
**3. Animais não são alimento, nenhum deles. Eles não são comida nem escravos dos humanos. Sentem como todos nós e por isso merecem a vida e a liberdade. A alimentação vegetariana estrita, sem carne de qualquer tipo ou derivados (laticínios, ovos, mel), já está provada como sendo a mais saudável para os humanos. Quem opta pelo veganismo (que engloba não somente a dieta vegetariana estrita, como também o não uso de roupas e acessórios de couro, lã, pele e seda, assim como o boicote a "atrações" que exploram os animais, como zoológicos, circos e aquários, e a empresas que fazem testes em animais) está fazendo um bem pelos animais e para sua própria saúde e vida. E não é difícil nem caro. Quer uma ajuda para começar a parar de comer carne? O primeiro passo é a informação. Aprenda com quem já vive esse estilo de vida: pergunte, pesquise. Use as redes sociais para expandir seu conhecimento sobre vários assuntos, inclusive esse, que é vital para você e um imensurável número de vidas inocentes. Há diversos grupos sobre o tema no Facebook. Listamos abaixo alguns deles:
- VegAjuda - Veganismo disponibiliza um tópico fixo com uma lista de produtos (não só para alimentação) livres de crueldade animal e oferece sempre diversas dicas para iniciantes e "veteranos";
- Veganismo é um dos maiores grupos sobre o tema no Facebook, com quase 50 mil membros sempre compartilhando experiências e tirando dúvidas;
- Veganismo Popular e Veganos Pobres Brasil desmitificam a ideia de que veganismo é caro. É perfeitamente viável seguir uma alimentação diária sem crueldade animal e sem maltratar o bolso;
Existem diversos sites e blogues com deliciosas receitas veganas (além dos tradicionais livros de receitas), simples e baratas de fazer. Clique aqui para conhecer uma lista deles!
Já a Revista dos Vegetarianos é uma publicação mensal (impressa e on-line) com excelente conteúdo que vai bem além de receitas, focando a saúde como um todo.
O Mapa Vegano lista diversos estabelecimentos em todo o Brasil, abrangendo produtos e serviços de alimentos e bebidas, higiene e beleza, roupas e acessórios, ONGs e outros.
Informe-se sempre! Aqui mesmo em nosso blogue, publicamos diariamente matérias sobre veganismo x indústria da carne (e do leite, ovos etc.). Leia também em outras fontes, converse com outros veganos e vegetarianos (mesmo que você não conheça pessoalmente, como nos grupos indicados acima) e veja de que lado é o certo ficar. Mas já saiba desde o começo que abraçar o veganismo é uma mudança e tanto, que fará um imenso bem para você, para os animais e para o planeta.
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