Carteiro cria página para mostrar amizade com os animais de casas onde faz entregas


Ângelo Cristiano Antunes, de Guaratinguetá, interior de São Paulo, é carteiro há cinco anos e, desde pequeno, sempre teve uma boa relação com os animais. Quando começou a fazer entregas de correspondências, isso não mudou e ele quis acabar de vez com o mito de que carteiros não se dão bem com cachorros.

Há pouco menos de um mês, ele criou a página Carteiro Amigo dos Animais no Facebook, onde publica fotos e vídeos ao lado de cachorros e gatos das casas onde faz entregas, gerando sorrisos nas mais de 50 mil pessoas que curtem a página.

“Tenho duas cadelas, três gatos, tudo eu peguei da rua. Peguei, cuidei, todos vacinados, castrados. Se eu amo os meus, por que não vou amar os das outras pessoas também?”, disse em entrevista ao Estadão.

Se o amor aos animais vem desde a infância – ele sempre teve cachorros em casa –, essa boa relação entre o carteiro e cachorros ganhou fama em Guaratinguetá em 2017. Um dia, ele estava chegando ao seu setor de entregas, quando escutou um choro baixinho e distante que vinha de um matagal.

“Entrei no mato e vi que havia dois filhotinhos de cachorro recém-nascidos, que sequer tinham aberto os olhos. Eu não ia deixar os filhotinhos ali, então coloquei-os dentro da bolsa e depois entrei em contato com algumas ONGs protetoras dos animais aqui na cidade.” Os animais foram acolhidos, Antunes foi fotografado e seu feito ganhou as redes sociais e o site de protetores de animais locais na época.

“Foram vários compartilhamentos, curtidas, outros sites foram compartilhando e aí fui ficando conhecido”, relembra. Ele sempre gostou de tirar fotos com os cachorros das casas onde faz entrega, e costumava publicar essas imagens em seu Facebook.

“Antes mesmo de entrar nos Correios, escutava que cachorro não gostava de carteiro, mas isso é um mito. Vai do profissional. Se ele quer conquistar o animal ali dentro da casa, ele vai, tenta, até o cachorro entender que não estamos ali para fazer mal a ele. Às vezes, leva uma semana, duas, um mês. A gente vai devagar, vai falando ‘oi, amiguinho’, pegando na pata, aí consigo conquistar a confiança do animal.”



Veja aqui a página e mais registros dessas amizades.


Fonte: Estadão 

Fotos: Ângelo Cristiano Antunes 

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