Final feliz: Barbinha com sua nova tutora (Fotos: Arquivo pessoal)
Era para ser apenas um lar temporário, mas o vira-lata Barbinha conquistou o coração da produtora de eventos Maria Cruz, de 29 anos, e acabou sendo adotado. Depois de duas semanas em busca de um novo tutor, ele teve um final feliz.
O cãozinho era o melhor amigo do morador de rua Gilvan Artur Leal, a principal testemunha da morte do carroceiro Ricardo Silva Nascimento, morto a tiros pela Polícia Militar, no bairro Pinheiros, em meados de julho. Dias depois do falecimento do amigo, Gilvan – ou Piauí, como era conhecido – morreu devido a um acidente vascular cerebral (AVC) causado por hipertensão.
Barbinha foi então resgatado de um abrigo – onde passou os últimos dias com Piauí – pela documentarista Paula Sacchetta. Ela foi uma das moradoras de Pinheiros que se mobilizou contra a morte de Nascimento, por meio de grupos de WhatsApp e reuniões.
Maria conta que assim que soube da morte do conhecido Piauí, pensou em Barbinha e foi imediatamente ao supermercado Pão de Açúcar onde os dois dormiam em frente. “Chegando lá, conversei com um taxista que conhecia algumas pessoas que poderiam me auxiliar a encontrar o Barbinha. Deixei meu contato e a Paula ligou em seguida”, lembra.
Antigo tutor: Barbinha ao lado de Piauí (Foto: Facebook / Reprodução)
Por viver com outras pessoas, ela ficou receosa de receber permanentemente o cãozinho. Alguns dias depois, porém, com a ajuda de outra moradora da casa, a psicóloga Vanessa lliure, Maria percebeu que não poderia se desfazer dele. “Ele é muito bonzinho, sociável, educado e tem uma saúde maravilhosa”, relata.
Apesar do carinho do novo lar, Barbinha ainda fica muito agitado quando vai passear na rua, principalmente quando passa no ponto onde dormia com o antigo tutor. “Se andamos em frente ao Pão de Açúcar, ele começa a chorar”, diz Maria.
Com cerca de três anos de idade, de acordo com a veterinária, o cãozinho deve ser castrado em breve.
Fonte: Veja SP
NOTA DA NATUREZA EM FORMA:
Paula resgatou Barbinha de uma situação de risco, após ele ficar sem tutor, e levou-o para casa. Maria se ofereceu para acolhê-lo como lar temporário até que fosse encontrado um adotante que lhe desse um lar definitivo, mas acabou por adotá-lo ela mesma e a história teve seu final feliz mais cedo.
A obrigação de cuidar de animais humanos e não humanos é dos governos - municipais, estaduais e federal. Como eles falham, cabe às pessoas fazerem sua parte - por si e pelo próximo. No caso de um animal em situação de rua sem tutor, a história de Barbinha e a rede de apoio da qual fizeram parte Paula e Maria é um bom exemplo do que os cidadãos podem fazer.
Se você vir ou souber de algum caso de cão ou gato em situação de risco ou abandono, você também pode fazer sua parte, seja adotando-o, seja ajudando-o a encontrar uma família que o receba com o amor, cuidado e respeito que ele merece. Leia em nosso site: Encontrei um animal abandonado, o que fazer?
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