Bicho-da-seda morre desidratado para tecer fios; conheça a produção


A "matéria" replicada abaixo do Uol é, na verdade, um texto institucional de uma empresa brasileira que se orgulha em dizer que está há mais de 70 anos no "setor" de exploração animal, e que, naquele ano (2014), a previsão de produção era de 400 mil toneladas de fio.

A começar pelo título, percebe-se o total desprezo pela vida animal. No caso, um animal que morre ainda em seus primeiros estágios de vida, na fase de casulo, não chegando a conhecer a vida como mariposa.  

E o texto segue descrevendo em detalhes toda a exploração, como se fosse algo perfeitamente natural, como se todos os animais do planeta tivessem a única função de dispor suas vidas para servir ao ser humano. Mas lembramos sempre: TODOS os animais têm tanto direito à vida e liberdade quanto os animais "racionais" humanos. Animais não são ingredientes, roupa, escravos nem entretenimento. 

No caso desta postagem, sobre exploração para vestuário, lembramos que existe seda sintética, assim como pele sintética, couro vegetal etc., isso sem falar no bom e velho algodão. O ser humano não precisa explorar nem matar animais para se vestir nem para se alimentar (e muito menos para trabalhar ou se divertir).

Conheça nesta postagem o pouco falado processo de exploração dos bichos-da-seda, animais que são mortos sem mal conhecer a vida. Como é um texto institucional, cita números da produção da empresa, mas o processo exploratório e covarde é o mesmo em todas as empresas similares do mundo. As fotos abaixo são todas reproduzidas da própria "reportagem". Apenas a foto acima reproduzimos de outra página da internet, para mostrar o rosto desse animal quando lhe é permitido viver. Leia o texto a seguir, reflita e mude seus hábitos - e compartilhe a informação!



A matéria-prima da seda vem do casulo feito por uma lagarta, o bicho-da-seda (Bombyx mori). Um animal produz sozinho um fio único de seda, que pode chegar a 1,3 km de extensão. No fim do processo, a lagarta é morta por desidratação e depois escaldada para o casulo ser desfeito. 



O primeiro passo para a produção da seda é a reprodução das mariposas; elas irão botar os ovos de onde sairão as larvas que tecem os casulos. Na foto, uma mariposa fêmea (esquerda) acasala com um macho.



Cada mariposa do bicho-da-seda bota de 400 a 500 ovos (aumentados 10 vezes na foto), que são colocados em câmaras mantidas a temperaturas de 24°C a 25°C e umidade de 80% a 90%.



As larvas do bicho-da-seda nascem com 0,0004 g depois de 10 a 12 dias em câmaras especiais, com temperatura e umidade controladas. 



A larva do bicho-da-seda se alimenta exclusivamente de folhas de amoreira. Na foto, agricultores colhem ramos de amoreira na cidade de Astorga (PR).



A primeira fase de vida do bicho-da-seda, chamada de primeira idade, dura cerca de quatro dias. Nessa época, as larvas pesam cerca de 0,0004 g e são alimentadas com folhas de amoreira picadas.



A segunda idade do bicho-da-seda é atingida com quatro dias e dura apenas outros três. Nesse período, o bicho-da-seda tem 15 vezes o peso com o qual nasceu. Na foto, larvas na segunda idade se alimentam de folhas de amoreira.



A partir da terceira idade, quando as larvas do bicho-da-seda têm cerca de 11 dias de vida, são enviadas a produtores, que as engordam com folhas de amora até que formem casulos. Cada produtor recebe de quatro a cinco caixas, cada uma com 33 mil larvas.



Com 11 dias, a larva chega à quarta idade, e já é duas mil vezes mais pesada do que quando nasceu. Com 15 dias, atinge a quinta idade (foto), quando tem 5 g, ou 12,5 mil vezes seu peso original. A quinta fase dura mais sete dias; depois disso, as larvas começam a tecer o casulo.



Quando as larvas de bicho-da-seda atingem 22 dias de vida, uma estrutura feita de quadros de papelão com divisórias, que fica suspensa sobre a criação, é baixada para que as larvas a escalem. Cada larva ocupa uma divisória, onde começa a formar seu casulo.



Depois que todas as larvas ocupam as divisórias dos quadros, a estrutura de papelão é novamente suspensa. Na foto, o produtor segura um quadro com casulos, que são tecidos em três dias.



Cada larva de bicho-da-seda produz seu casulo com um único fio, que pode chegar a 1,3 km de extensão. O casulo fica pronto em três dias.



Os casulos de bicho-da-seda são retirados dos quadros de papelão e colocados em caixas para serem levados à indústria, onde será obtido o fio de seda.



Assim que ficam prontos, os casulos são enviados para a fábrica o mais rápido possível, para que as larvas sejam abatidas. Os casulos são aquecidos em temperaturas de até 105°C, o que mata o bicho-da-seda desidratado.



As larvas são abatidas dentro dos casulos antes que se desenvolvam o suficiente para danificar os fios de seda. Na foto, um bicho-da-seda em forma de crisálida, já morto, é retirado de um casulo aberto.



Depois de secos, os casulos contendo os bichos-da-seda são selecionados. Aqueles que apresentam defeitos e manchas são utilizados para a produção de seda de menor qualidade.



Depois de secos, os casulos contendo o bicho-da-seda podem ser estocados por até um ano. Antes de serem usados para obtenção da seda, eles são cozidos na água para se reidratarem, o que facilita o trabalho de desenrolar o fio.



Os casulos de bichos-da-seda danificados durante o cozimento são separados por funcionários da fábrica, e também são usados para a produção de fios de seda de menor qualidade.



Uma máquina com cerdas grossas feitas de palha de arroz, chamada de "vassourinha", é usada para encontrar a ponta do fio que forma o casulo do bicho-da-seda. Como o casulo é formado por um único fio de até 1,3 km, é a partir dessa ponta que ele começa a ser desenrolado.



Depois que a ponta do fio que forma o casulo do bicho-da-seda é encontrada, ele começa a ser desenrolado. Cada casulo é formado por um único fio enrolado, que mede até 1,3 km.



Os fios obtidos com o desenrolamento dos casulos são unidos em meadas, termo usado na indústria para designar uma espécie de novelos de seda. Cada meada pesa 300 gramas.



As meadas de fios de seda são comercializadas em pacotes de 3 kg. Cada quilo é vendido por entre US$ 80 e US$ 90 a tecelagens do exterior.



Depois de desfeitos os casulos para a obtenção do fio de seda, os insetos passam por uma triagem e são exportados para o Japão, para a fabricação de ração.



Os insetos mortos são um subproduto da indústria de seda, vendidos para empresas japonesas por US$ 1,20 o quilo, que os utilizam para fabricar ração para peixes.

10 comentários:

  1. Os veganos e defensores dos animais não usam seda.

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  2. Não sabia que eles morriam assim. E uma pena.

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  3. Nos seres humanos estamos mexendo demais com o ciclo da vida da mãe natureza na terra e estamos tendo com todos estes tipos de vírus o resultado de mexer com a natureza.

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  4. Nossa que absurdo... os bichos são mortos para alimentar as grifes que exploram mão de obra quase que escravas para costurar suas sedas...

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  5. Quero conhecer cada vez mais o processo das indústrias,e evitar tudo que tem origem aninal.

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  6. Chego a conclusão que nada deve ser usado na natureza sem que o cxiclo de sua vida natural se complete! Creio que vamos repensar toda a filosofia, os conceitos, os princípios. e até repensar quando alguém diz que entende por que um individuo matou o outro por ter alguma lógica razão. Interessante não é mesmo? Vamos nos dar um espaço e repensar como sobreviver neste planeta sem precisar matar milhares de pessoas? Que universo contraditório! ou não? Depende por que angulo vês. A percepção é subjetiva.É isso gurizada, vamos colocar nosso cérebro pra pensar de cara limpa e alma livre.

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  7. Que horror. Indústria têxtil é uma fábrica de horrores. de trabalho escravo a chacina da natureza. achava que eles só teciam e pegava-se os fios... Covid é pouco para a raça humana

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  8. Nunca pensei que fosse dessa forma. Foi bom ler esse esclarecimento. Mas confesso que fiquei triste em saber da crueldade por quais os bichinhos passam. 😞

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  9. Muita gente aqui criticando o processo, mas nunca vão deixar de ser hipócritas.

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