Hotel Serra da Estrela, em Campos do Jordão/SP (Foto: Divulgação)
Já pensou de onde veio aquele travesseiro muito confortável que você usou na última viagem? Ou que ingredientes contém a margarina que o hotel colocou na mesa do café da manhã? Se para parte do público perguntas como essas podem ser irrelevantes, para adeptos do veganismo, a resposta é decisiva na hora de decidir onde se hospedar.
Um viajante/estabelecimento vegano não consome/oferece produtos e serviços que envolvam animais em nenhum momento de sua cadeia produtiva, como explica a gerente de certificação da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), Carol Murua. Isso inclui não utilizar produtos testados em animais ou com componentes de origem animal, como mel, lã, plumas e colágeno. Por isso, há poucos hotéis que de fato possam ser denominados veganos.
“Não é impossível, mas são muitos pontos a analisar. Na SVB, o Selo Vegano abrange por enquanto alimentos e cosméticos porque é um pouco mais simples de identificar a cadeia de produção”, explica ela, que ressalta que um local alinhado com essa ideia também não oferece serviços que utilizem animais, como passeios de cavalo ou pacotes de viagens a zoológicos e aquários.
Onde estão?
Há ao menos dois hotéis no Brasil que se identificam como veganos. O Serra da Estrela, de Campos de Jordão (SP), começou a transição em 2015, após a proprietária aderir a esse estilo de vida, mesmo atendendo a um público das classes média e alta. Já a Pousada Rosa Verde, na Praia do Rosa, em Imbituba (SC), já foi criada com essa proposta. “Nossa preocupação com os animais começou já na compra dos pincéis (cerdas 100% sintéticas) utilizados na pintura de nossas acomodações”, explicam os donos Mariana Scarpelli e Luiz Fernando Martins Martin. O espaço é também pet friendly [aceita animais] e não cobra a mais pelo serviço.
Um viajante/estabelecimento vegano não consome/oferece produtos e serviços que envolvam animais em nenhum momento de sua cadeia produtiva, como explica a gerente de certificação da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), Carol Murua. Isso inclui não utilizar produtos testados em animais ou com componentes de origem animal, como mel, lã, plumas e colágeno. Por isso, há poucos hotéis que de fato possam ser denominados veganos.
“Não é impossível, mas são muitos pontos a analisar. Na SVB, o Selo Vegano abrange por enquanto alimentos e cosméticos porque é um pouco mais simples de identificar a cadeia de produção”, explica ela, que ressalta que um local alinhado com essa ideia também não oferece serviços que utilizem animais, como passeios de cavalo ou pacotes de viagens a zoológicos e aquários.
Onde estão?
Há ao menos dois hotéis no Brasil que se identificam como veganos. O Serra da Estrela, de Campos de Jordão (SP), começou a transição em 2015, após a proprietária aderir a esse estilo de vida, mesmo atendendo a um público das classes média e alta. Já a Pousada Rosa Verde, na Praia do Rosa, em Imbituba (SC), já foi criada com essa proposta. “Nossa preocupação com os animais começou já na compra dos pincéis (cerdas 100% sintéticas) utilizados na pintura de nossas acomodações”, explicam os donos Mariana Scarpelli e Luiz Fernando Martins Martin. O espaço é também pet friendly [aceita animais] e não cobra a mais pelo serviço.
Pousada Rosa Verde, na Praia do Rosa/SC (Foto: Luiz Fernando Martins Martin)
Além dos dois exemplos acima, há opções de estabelecimentos vegan friendly, isto é, que oferecem serviços para veganos, como explica o designer Jonas Guedes, do site Mochileiros Veganos. “Não são lugares veganos de verdade, são focados mais na alimentação, mas que servem refeições com ingredientes de origem animal. Quando ficamos em um local vegano, é uma experiência diferente, principalmente porque ali todo mundo se entende e não temos que nos preocupar com muita coisa.”
A variedade de opções, contudo, ainda é restrita, de modo que turistas enfrentam dificuldades. É o caso do fotógrafo Victor Sanches, criador do site RotaVEG. Segundo ele, às vezes, o mais fácil é escolher se hospedar em um local com cozinha coletiva ou alugar um apartamento, para poder cozinhar. “Está menos difícil no Brasil, mas ainda vejo muita diferença em relação a grandes cidades como Paris, Londres e, principalmente, Berlim e Los Angeles”, compara.
Em geral, Sanches recorre a amigos, páginas da internet e grupos veganos para se informar sobre viagens. Muitas vezes, o jeito é utilizar filtros de busca com palavras-chaves, como 'vegano', em sites de reserva como Booking.com ou aplicativos como o Foursquare. Além disso, há sites que mapeiam produtos e serviços para esse público, como o VegVisits (uma espécie de Airbnb, para compartilhamento de imóveis) e o Happy Cow (de restaurantes).
As mesmas dificuldades relatadas por Sanches foram enfrentadas pelo agente de viagens Elton Bastos e a consultora Juliana Molina quando se tornaram veganos. Entretanto, como já tinham experiência na área, eles resolveram investir no segmento e lançaram, em 2015, a agência Vegan4You, que cria roteiros de viagem e vende pacotes focados nesse público.
“Eu vejo que muitas pessoas que procuram a gente estão em transição para o veganismo, porque ainda estão descobrindo o que é esse estilo de vida”, explica Juliana. A palavra-chave, segundo ela, assim como em toda viagem, é planejamento. Só assim é possível fugir de alguns perrengues, como o que a deixou anos atrás comendo apenas amendoim durante um fim de semana no interior de Minas Gerais, onde, segundo ela, quase tudo tinha banha ou queijo.
Sites úteis
Produtos e serviços: vidavegana.com.br
Fonte: Estadão
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