A Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), por meio de seu Departamento de Meio Ambiente, refutou uma matéria publicada na última quarta-feira (8/8/2018) no portal da revista Época Negócios.
O título da matéria já mostra que a jornalista que assina o texto, Micaela dos Santos, não compreende bem sobre o que está prestes a dissertar: “Veganismo é o hábito alimentar menos sustentável, diz estudo”. Veganismo é uma filosofia de vida, e não um hábito alimentar.
Em estudos científicos, é comum o uso da expressão 'vegan diet' (dieta vegana) para apontar uma alimentação sem nada de origem animal. Mas o nome da filosofia de vida adotada pelos veganos, “veganismo”, nunca é utilizado para definir dieta ou hábito alimentar, pois ele engloba muito mais do que a alimentação.
Porém o erro mais grave publicado pela revista Época Negócios está mesmo no corpo da matéria. Segundo análise da SVB, a Época Negócios divulgou exatamente o contrário do que o estudo concluiu.
A matéria da Época Negócios afirma que o estudo, publicado originalmente em 2016 e ressuscitado agora pela revista, afirma que “ingerir pequenas porções de carne e leite é melhor do que não consumir nenhuma”.
Na verdade, o estudo diz que essa afirmação estaria correta apenas em um cenário fictício em que toda a área de pastos dos Estados Unidos fosse absolutamente infértil para plantações de vegetais.
Ainda segundo a SVB, o estudo afirma que, considerando o cenário real, a dieta sem nenhum ingrediente de origem animal é mais eficiente, mais sustentável.
Você pode ler integralmente as conclusões da SVB em relação à matéria da revista Época Negócios no site oficial da ONG (leia aqui).
Apenas para citar dois importantes e recentes estudos sobre o tema, em junho deste ano a conceituada Universidade de Oxford, da Inglaterra, emitiu um documento afirmando que a alimentação utilizada pelos veganos é a mais eficiente para proteger o meio ambiente (leia aqui).
Em julho, o jornal britânico The Independent destacou um outro estudo que mostra que a produção de carne e leite polui mais do que a produção de petróleo (leia aqui).
Fonte: Vista-se
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