Poema inspirou biólogo a entrar para o mundo da fotografia de natureza

A jiboia é uma cobra grande que chega a medir quatro metros de comprimento


"Prezo insetos mais que aviões. Prezo a velocidade das tartarugas mais que a dos mísseis. Tenho em mim esse atraso de nascença. Eu fui aparelhado para gostar de passarinhos. Tenho abundância de ser feliz por isso. Meu quintal é maior do que o mundo." Foi esse poema do escritor Manoel de Barros que influenciou o biólogo Cezar Augusto dos Santos a entrar no mundo da fotografia de natureza.

Inicialmente, os insetos eram as principais espécies que passavam pelas lentes do observador. Hoje, ele fotografa diariamente e conta com mais de 330 bichos diferentes no acervo. As cobras se destacam: jiboia e jararaca foram clicadas com detalhes. Para ele, algumas espécies são mais fáceis de fotografar do que outras, como é o caso das cobras. “As serpentes em geral são mais fáceis por conta do comportamento - além de lindas, elas evitam o gasto de energia e ficam mais tempo paradas”, explica.

O tucano-toco habita mata de galeria, cerrado, capões e campos abertos 


O biólogo encara o hobby como uma maneira de levar para casa um momento de contemplação. “Gosto de poder admirar diversas vezes aquela imagem que eu já tinha deixado para trás”, conta. O tucano-toco também posou para as lentes do fotógrafo; a espécie é considerada a maior entre os tucanos do País.

As formas, padrões e comportamentos fantásticos dos seres vivos fascinam o observador. “Além da capacidade de registrar momentos, acho que a fotografia tem uma grande responsabilidade: pode auxiliar no lado científico e traz à tona nossas memórias afetivas, reconecta o ser humano com a natureza”, finaliza o fotógrafo.

A jararaca possui hábitos predominantemente terrestres


Fonte: G1 

Fotos: Cezar Augusto dos Santos

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