São diversas as pesquisas e estudos que comprovam que a latinha de alumínio é a embalagem ecologicamente mais correta e segura para nosso consumo, mas muitas inverdades e mitos ainda povoam nosso imaginário a respeito desse material – e a maior vítima é o meio ambiente e, consequentemente, nós mesmos. Como o futuro muito nos interessa, embalados pela campanha #VáDeLata, separamos aqui 10 pontos importantes, entre verdades e mitos, sobre a latinha que com certeza você já ouviu falar e agora vai saber se são verdades mesmo ou grandes mentiras.
1. Não é seguro beber em latinha – MITO
A lata propriamente não transmite nenhuma doença nem prejudica nossa saúde em qualquer sentido. É claro que, assim como qualquer outra embalagem, ela está sujeita às condições de higiene de quem a transporta e armazena, como supermercados, bares, restaurantes e estabelecimentos comerciais. Mas vale reforçar que a superfície do alumínio, em condições normais, é lisa, seca e sem nutrientes, não oferecendo ambiente propício para a sobrevivência e multiplicação de microrganismos. O uso do alumínio aumenta a proteção dos alimentos e, nas embalagens de medicamentos, por exemplo, contribui para minimizar riscos de contaminação e violação dos produtos.
2. Beber na lata aumenta o contato com o alumínio, que é um metal pesado e prejudicial à saúde – MITO
É a própria Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que garante que o alumínio do qual as latinhas são feitas não traz risco algum a nossa saúde. Pesquisas comprovam que o alumínio a que estamos expostos diariamente não causa nenhum efeito nocivo à saúde humana e nosso organismo tem eficientes barreiras que praticamente impedem a absorção desse metal. Por isso, pode beber da sua latinha gelada sem preocupação!
3. Cerveja em lata é ruim – MITO
É claro que gosto é algo pessoal, intransferível e, na prática, indiscutível. Mas o que é possível mensurar a respeito da interferência da embalagem no sabor real da cerveja, já que o líquido que abastece latinhas e garrafas de vidro é o mesmo? Técnica e objetivamente, a latinha preserva mais e melhor o sabor da bebida, já que não permite a incidência de luz e dificulta o contato do líquido com o oxigênio. E por que isso, no caso das cervejas, é ainda mais crítico? Porque em contato com a luz, a cerveja perde suas características – um efeito conhecido como light-struck (degradação da molécula que dá amargor ao lúpulo). O frescor e a pureza do gosto se dão, com isso, mais na latinha do que na garrafa de vidro – o resto é hábito ou propaganda.
4. Bebida em lata tem a mesma quantidade de gás que em garrafa – VERDADE
A quantidade de gás em uma bebida é mensurada de acordo com a necessidade para se manter a qualidade e o sabor em cada embalagem. Logo, de forma proporcional, o gás em lata ou em vidro resulta na mesma qualidade de bebida. A latinha, no entanto, possui a melhor capacidade de vedação entre todas as embalagens do mercado, o que mantém ainda mais o gás e o sabor original da sua bebida preferida.
5. A lata não altera o gosto da bebida – VERDADE
Além de vedar e impedir a entrada de luz, o interior das latas de alumínio é selado por um verniz sem cheiro ou sabor utilizado com o único e fundamental objetivo de preservar o gosto e as características das bebidas embaladas. Sendo a embalagem que melhor impede alterações na qualidade do líquido, a lata definitivamente não altera o sabor.
Sendo o alumínio um excelente condutor térmico, a lata gela não só mais rapidamente como de forma mais uniforme que qualquer outra embalagem no mercado. Pode fazer o teste: aproveite uma festa ou um churrasco e comprove, colocando no gelo suas latinhas para ver como sairão estupidamente geladas em pouco tempo. Se preferir, teste a técnica de resfriamento relâmpago para latas (aprenda aqui).
7. Vidro retornável é mais sustentável que a lata – MITO
A sustentabilidade de uma embalagem não se restringe ao produto final sendo utilizado, mas a todo o processo de produção e o ciclo que envolve o produto, da fabricação ao despejo após o consumo. Na verdade, a reciclagem da lata é mais limpa que a do vidro por alguns motivos. Primeiramente porque, se considerarmos a reciclagem de materiais necessários para envasar mil litros de bebida, a massa de materiais com base em vidro é muito maior do que massa em alumínio, o que significa que proporcionalmente precisamos gastar muito mais energia para reciclar garrafas de vidro do que latas, mesmo considerando as reutilizações de garrafas retornáveis – e quanto mais energia consumida, maior a pegada de carbono.
Outro ponto é que o alumínio reciclado consome apenas 5% de energia elétrica para ser produzido quando comparado com a produção do alumínio primário, enquanto o vidro consome 70%. E, por fim, e mais importante, apesar de o vidro ser um material 100% reciclável, ainda se recicla muito pouco no Brasil (em torno de 47%), enquanto 98% das latinhas de alumínio são efetivamente recicladas e retornam em 60 dias para o mercado.
8. As promoções em que se trocam os anéis das latinhas por cadeiras de rodas são falsas – MITO
Tais promoções não só existem como funcionam e são importantes. No Rio de Janeiro, você pode juntar os anéis e doá-los diretamente ao Núcleo de Apoio a Projetos Educacionais e Culturais (Napec), do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueiras (IFF/Fiocruz). Em outros estados, uma boa opção é acionar a ONG Entre Rodas, que atua em âmbito nacional e também recebe doações.
Latinha é bom demais. Lembra verão, festa, carnaval. Latinha é reciclável, é sustentável, é geração de renda. Latinha é empoderamento*. Latinha gela rápido, preserva o sabor e é pura praticidade e estilo.
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