Égua foge do Jockey Club, é atropelada três vezes e termina sacrificada


A égua Mary Happy, atropelada três vezes depois de fugir do Jockey Club Brasileiro (RJ) na tarde de ontem (11/4/2018), foi sacrificada. De acordo com a veterinária Cristina Vieira, responsável pelo animal, foi constatado que ela teve traumatismo craniano, não respondia mais aos estímulos e não conseguia levantar.

O motociclista que colidiu com a égua está internado em estado grave no Hospital Miguel Couto. O homem de 59 anos teve uma fratura de mandíbula. A informação foi confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde.

A égua puro-sangue inglês fugiu em disparada do Jockey, na Gávea, zona sul do Rio de Janeiro, e seguiu correndo entre os carros. A motocicleta conduzida pelo homem foi o primeiro dos três veículos que colidiram com o animal, que escapou no fim da tarde, horário de trânsito intenso na região.

Em seguida, ela foi atropelada por um carro quando fugia pela avenida Borges de Medeiros e, depois, por outro veículo quando chegou próximo ao Túnel Rebouças.

Mansa e tranquila

Mary Happy foi levada para o Hospital Otávio Diop, no próprio Jockey Club. Após a necrópsia, constatou-se que ela tinha um hematoma atlanto-occipital.

Segundo a veterinária, a égua era mansa e tranquila, mas ficava estressada quando era colocada no partidor, que é o ponto de partida nas corridas hípicas.

Ela estava sendo domada novamente para se acostumar com a atividade de corrida quando se assustou e correu em direção ao portão. A égua tinha dois anos de idade.

Fonte: G1 

Foto: Yuri Apoena / TV Globo


NOTAS DA NATUREZA EM FORMA:

1. "(...) a égua era mansa e tranquila, mas ficava estressada quando era colocada no partidor (...). Ela estava sendo domada novamente para se acostumar com a atividade de corrida (...)" Ao contrário do que seu nome sugeria ("Maria Feliz", em português), Mary Happy não era nada feliz. Era infeliz porque vivia presa, sendo obrigada a fazer algo que não queria fazer. Ela foi mais uma das incontáveis vítimas da estupidez humana, que explora os animais de todas as formas. Quer praticar um esporte? Vá jogar bola, vá nadar, vá praticar tantas modalidades que existem por aí - inclusive correr, só que sobre suas próprias pernas, e não em cima de um animal, que não é seu escravo e, sim, que gosta de correr também, mas sem uma pessoa em cima dele, lhe dando chutes, chibatadas, gritando e, no resto do tempo, mantendo aprisionado. 

Mary Happy (nome dado por um humano e que revela também sua arrogância em achar que o animal é feliz sendo explorado, mesmo pensamento que têm os exploradores de galos em rinhas, por exemplo) morreu tentando escapar dessa vida horrível que ela não escolheu.

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