Trinta mil ativistas marcham nas ruas de Tel Aviv pelos direitos animais


Milhares de manifestantes se reuniram no centro de Tel Aviv, em Israel, no último sábado (9/9/2017), para protestar pelo fim da crueldade contra os animais. O evento está sendo considerado o maior protesto a favor dos direitos animais da história do país.

Os participantes levavam cartazes com as frases “compaixão, justiça e veganismo!” e mensagens contra o fim da produção de animais para consumo humano.

Chefe de comunicação da ONG Anonymous for Animal Rights e organizadora do evento, Shira Hertzanu explica que se esforçou para unir grupos de proteção animal e todo o trabalho empenhado foi direcionado no sentido de reunir um número recorde de participantes.

“É a maior marcha pelos direitos animais da história. Estimamos a participação de 30 mil pessoas exigindo justiça e compaixão por todos os animais, tanto os explorados pela indústria de alimentos quanto os selvagens e domésticos. Todas as pessoas que participaram são bondosas e não querem que os animais sofram”, conta.

Ela foi uma das autoras da petição Let the Animals, de 2015, que exigiu a criação de leis mais rigorosas de proteção aos animais. A ativista afirma que os manifestantes têm demandas muito específicas para o governo em relação ao respeito pelos animais e seu reconhecimento como detentores de direitos.

As principais pautas das ONGs e grupos abolicionistas do país são o fim da importação de animais para consumo humano e a proibição da venda de peles.

“Israel foi praticamente o primeiro país do mundo a proibir a exploração de animais por sua pele, mas essa lei foi revogada. Enquanto isso, outros países já progrediram nessa questão e queremos progredir também. Não podemos tirar a pele de animais simplesmente para enfeitar roupas”, diz Shira.

Segundo ela, uma terceira demanda é que as penalidades por crueldade animal sejam mais severas. “Há leis para proteger os animais, mas elas não são cumpridas”, lamenta.

“Sejam animais como gatos e cachorros, sejam animais na indústria de alimentos. Temos muitas pesquisas que mostram a crueldade nos matadouros, mas ninguém é punido. Vimos que as punições não são suficientes; elas não estão realmente impedindo que as pessoas cometam crueldades com animais.

A última demanda dos manifestantes é que o governo amplie seu orçamento para a castração dos animais e institua uma política de não matar animais saudáveis nos abrigos.

O diretor executivo da Vegan Friendly Organization, Omri Paz, ecoa as palavras de Shira, acrescentando que ele esperava que o protesto incentivasse as pessoas a pararem de comer carne e comprar produtos fabricados com couro e peles.

“Esperamos que, pelo menos por um dia, todo o país e toda a imprensa parem e deixem que sejam mostrados os problemas enfrentados pelos animais nas indústrias e todos os abusos que sofrem os cachorros, gatos e todos os outros animais”, diz Paz.

“A mensagem que queremos transmitir é de que a decisão está em nossas mãos e nós temos a capacidade de mudar a realidade, não é necessário que a iniciativa parta do governo. Tudo é possível, desde que as pessoas estejam mais conscientes do assunto”, conclui o ativista.




Fotos: Facebook / Reprodução

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