Música: Eline Bélier
Letra: Maga Lee
Intérpretes: Eline Bélier e Maga Lee
Animação: Leandro Franco
No corredor da inconsciência, corre a dor
Processo sucessório do reboque
No corredor, há violência e torpor
Da alma cuja mão desfere o choque
No final do corredor, há uma sentença
Que se cumpre no transpor de uma porta
No final do corredor, há uma licença
Pra que a vida em agonia seja morta
O corredor da conivência é bem seguro
Concreta construção, concreta escravidão
O corredor da prepotência é tão escuro
Antítese de amor e compaixão
Pela densa arquitetura do deus ego
Passa boi e passa toda uma boiada
Tristes réus de um horizonte cego
Onde a vida que suplica vale nada
Do senciente reticente e impotente
A acústica do muro abafa o choro
Alienação sempre tão conveniente
Ao processo tão oculto do decoro
No fim do corredor, tinha uma porta
Que para o holocausto se abriria
Depois daquela porta, carne morta
Que a fome do especismo nutriria
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