Especialista da teoria das cordas e professor da Universidade de Columbia, em Nova Iorque, além de chairman e cofundador do World Science Festival, aos nove anos o norte-americano Brian Greene, considerado um gênio da física, já era capaz de multiplicar números de 30 dígitos em sua cabeça. Com a mesma idade, decidiu se tornar vegetariano quando soube que as costelas preparadas por sua mãe eram provenientes de um animal.
“Fiquei horrorizado e declarei que nunca mais comeria carne novamente. E nunca mais comi. Mais tarde, me tornei vegano. Visitei um santuário de animais em Nova Iorque e aprendi muito sobre a indústria de laticínios, e foi tão perturbador que percebi que eu não poderia continuar dando suporte a isso. Em dias, desisti completamente dos derivados de leite”, declarou em entrevista para o The Supreme Master Ching Hai News em 2011.
Questionado sobre o motivo pelo qual tantos gênios se tornaram vegetarianos, respondeu que, levando em conta sua “limitada experiência”, ele acredita que vegetarianos desafiam o status quo, a ordem atual das coisas. “São pessoas dispostas a sacrificar os próprios prazeres em busca do que acreditam que seja certo. Essas mesmas qualidades frequentemente são necessárias para conquistarmos grandes avanços nas artes e nas ciências”, pondera.
Sobre o fato de haver cientistas que não são vegetarianos, Greene declara que, assim como a maioria das pessoas, há cientistas que não se questionam sobre a prática de comer carne, já que ela sempre esteve ao alcance deles. “Muitas dessas pessoas se preocupam com os animais e o meio ambiente, alguns até profundamente. Mas por alguma razão, força do hábito, normas culturais, resistência às mudanças, há uma substancial desconexão em relação a esses sentimentos, o que acaba não se traduzindo em mudanças comportamentais”, avalia.
Brian Greene é hoje um dos físicos em maior evidência no mundo da ciência. Ele defende a teoria das cordas como uma teoria realmente unificada, com condições de descrever tudo que diz respeito ao universo físico. Por isso, ela também é considerada uma possível teoria de tudo.
Referência
Foto: Kurt Raschke
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