Optar por adotar um animal é uma das atitudes mais importantes para diminuir o número exorbitante de cães e gatos abandonados e sujeitos a maus-tratos em todo o País. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem mais de 30 milhões de animais abandonados vivendo nas ruas do Brasil - destes, mais de 20 milhões são cachorros. Porém é crucial que a adoção seja responsável e ofereça os cuidados básicos e fundamentais para assegurar o bem-estar do animal e também dos membros da família.
De acordo com a médica veterinária Leocádia Chalita de Lima, o primeiro passo para quem acabou de adotar um animal é providenciar o controle de pulgas e carrapatos e a vermifugação. “São medidas fundamentais para garantir o conforto do bicho e prevenir diversos tipos de zoonoses, doenças que podem ser transmitidas dos animais para os seres humanos”, explica a especialista. Para garantir a saúde de cães e gatos adotados, é fundamental também que o tutor se certifique que o animal recebeu todas as vacinas necessárias. “Somente o esquema vacinal completo confere a imunização do animal, deixando-o livre de doenças infectocontagiosas e com boa qualidade de vida.”
Outro cuidado primordial que contribui com o aumento da expectativa de vida dos animais é a castração. Segundo a profissional, o procedimento cirúrgico colabora não só com o controle de reprodução animal, mas também protege de futuras doenças no aparelho reprodutivo como tumores e infecções. “A castração é recomendada tanto para fêmeas quanto para machos a partir dos seis meses de idade, lembrando que nas fêmeas o procedimento deve ser realizado antes do primeiro cio”, detalha a especialista.
Para completar, a médica veterinária lembra que outros cuidados básicos podem fazer toda a diferença para a saúde e bem-estar dos animais. “Oferecer uma alimentação regrada e balanceada, procurar um veterinário a qualquer sinal ou mudança de comportamento e manter a higiene em dia são cuidados que vão garantir uma adaptação muito mais sadia e tranquila para o cão ou gato em um novo lar”, completa Leocádia.
Confira 10 dicas sobre guarda responsável para uma decisão consciente de se tutelar um animal:
1. Pesquise sobre o animal e veja se ele é compatível com o seu estilo de vida e perfil familiar.
2. Quanto menor for a sua casa, menor deve ser o cão. Cachorros grandes em um ambiente pequeno podem ter problemas de adaptação.
3. Considere que o tempo médio de vida de um animal é de 12 anos. Pergunte à família se todos estão de acordo, se há recursos necessários para mantê-lo e verifique quem cuidará dele nas férias ou em feriados prolongados. Não aja por impulso.
4. Caso já tenha outros cães em casa, apresente o novo morador de forma gradual e fique sempre atento à convivência.
5. Mantenha o animal sempre dentro de casa, jamais solto na rua. E na hora do passeio, leve-o com uma coleira que contenha a plaquinha de identificação [leia mais aqui].
6. Evite as ninhadas indesejadas. Castre machos e fêmeas. A castração é a única medida definitiva no controle da procriação e não tem contraindicações [leia mais aqui].
7. Todo animal precisa de alimentação de qualidade, que leve em conta suas necessidades, e muita água fresca e limpa. Seu bem-estar também depende de uma boa nutrição.
8. Cuide da saúde física do animal. Forneça abrigo, alimento, vacinas e leve-o regularmente ao médico veterinário. Dê banho, escove e exercite-o.
9. Zele também por sua saúde psicológica. Dê atenção, carinho, ambiente adequado e reserve um momento do dia para as brincadeiras [leia mais aqui].
10. O Brasil tem milhões de cães abandonados. Cães adultos também se adaptam com facilidade às mudanças e têm condições de oferecer e receber muito carinho.
Fonte: Correio Braziliense
Foto: Reprodução
NOTA DA NATUREZA EM FORMA:
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