Por Paulo Furstenau*
Cães e gatos não devem ter acesso à rua, pois podem nunca mais voltar. Cachorros devem ser levados para passear sempre na guia (no mínimo três vezes por dia) e gatos só devem sair de casa por motivos de mudança de endereço, viagem ou ida ao veterinário, e sempre dentro da caixa de transporte para gatos. As janelas da casa de um tutor de gato devem ser todas teladas. A distração para o bichano deve ser por meio do enriquecimento ambiental. Leia mais sobre criação indoor (dentro de casa) de felinos aqui. Brincadeiras e atividades também são essenciais para nossos amigos caninos, principalmente quando eles vão ficar sozinhos em casa. Leia aqui.
A rua não é sinônimo de liberdade para esses animais, e sim de enormes riscos de todos os tipos de violências, acidentes e contágio de doenças. Além de não deixar janelas desteladas nos lares de gatos e portões abertos nos lares de cães, uma medida essencial é colocar uma identificação na coleira do cachorro (já gatos não devem usar coleiras porque podem se enforcar com elas) como prevenção para casos de fuga - cães conseguem escapar das formas mais incomuns quando estão com medo de fogos de artifício, por exemplo. Por isso, o cuidado de mantê-los seguros dentro de casa em dias que haja tais barulhos (como fim de ano ou finais de campeonato de futebol) deve ser redobrado. (Mas atenção: dissemos "seguros dentro de casa", e nunca presos em cordas ou correntes, que inclusive podem matá-los enforcados.) Existem três formas de identificar seu cão. Saiba mais aqui.
Além da identificação animal, outra medida indispensável tanto para cães quanto para gatos é a castração. Animais castrados são menos propensos a tentar fugir de casa. Ao contrário do que muita gente pensa, a castração não é uma mutilação nem um atentado à sexualidade do animal. Castrar seu cão ou gato é um cuidado que todo tutor deve ter, que inclusive previne doenças e prolonga a vida do animal. Leia aqui sobre os mitos e verdades da castração, além de saber onde fazer esse procedimento.
Um lar seguro com janelas teladas (para gatos), portões fechados (para cachorros) e diversão, identificação animal e castração são medidas que todo tutor responsável deve seguir (além de dar amor e cuidar da saúde dos bichos, mantendo vacinação e vermifugação em dia e levar ao veterinário regularmente e sempre que houver suspeita de algo errado) para evitar fugas e consequente aumento da população de animais de rua.
E, claro, sempre devemos lembrar que todos esses cuidados são até o fim da vida natural do animal. Velhice ou doença do bicho ou qualquer assunto relativo à vida pessoal do tutor (como viagem de férias, mudança de endereço - seja para onde for, até de país -, perda de emprego, nascimento de filho humano etc. etc.) NUNCA deve ser razão para abandono, que inclusive é crime (leia mais aqui).
Seja um tutor responsável!
*Paulo Furstenau é jornalista voluntário da Associação Natureza em Forma
Imagem: Internet
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