Por Paulo Furstenau*
Uma vaca, um porco, uma galinha, um peixe, um peru e um coelho. Animais que quase todos os seres humanos consideram simplesmente comida. Bom, o coelho apenas alguns, os adeptos de uma culinária mais "exótica", afinal, é um bichinho fofinho. Mas que todos os anos sofre o inferno da Páscoa, quando seres humanos presenteiam crianças com coelhos, mas logo elas se cansam de brincar com eles ou os pais constatam que aqueles brinquedos são na realidade seres vivos que precisam ser alimentados, cuidados e, que horror, fazem xixi e cocô, e os abandonam à própria sorte. (A propósito, irônica e morbidamente o pé de coelho é considerado um amuleto de sorte por alguns seres humanos, que o usam até como chaveiro...)
Essa é a sina dos animais não humanos (sim, porque a verdade é que os humanos também são animais, mas a maioria se esquece – ou prefere se esquecer – disso) neste planeta: quando não são considerados alimento pelo homo sapiens, são brinquedos, produtos, roupa, entretenimento, mão de obra escrava, cobaia de laboratório, entre tantas outras “funções” cruéis que o bicho-homem lhes delega. Animais que sentem dor, medo, alegria e amor tanto quanto nós, pois são igualmente dotados de senciência, que, resumidamente, é a capacidade de sentir (saiba mais aqui).
Eles sentem, eles são indivíduos, cada um tem personalidade própria. Isso é fato comprovado e atestado por renomados cientistas de diversas partes do mundo (inclusive o gênio Stephen Hawking, falecido recentemente). E agora, nas páginas de uma coleção de livros infantis, eles também têm nomes e suas histórias contadas: Jill é uma vaca que escapa de um caminhão; Ismael é um porco que vive em um sítio; Márcia é uma galinha perdida no Parque Ibirapuera; Gary é um peixe de rio; George é um peru que vive em um cercado aberto para visitação pública; Vera é uma coelha encontrada no jardim de uma escola. E cada uma dessas histórias tem um ponto em comum: a amizade surgida entre esses animais não humanos e animais humanos.
Essa é a sina dos animais não humanos (sim, porque a verdade é que os humanos também são animais, mas a maioria se esquece – ou prefere se esquecer – disso) neste planeta: quando não são considerados alimento pelo homo sapiens, são brinquedos, produtos, roupa, entretenimento, mão de obra escrava, cobaia de laboratório, entre tantas outras “funções” cruéis que o bicho-homem lhes delega. Animais que sentem dor, medo, alegria e amor tanto quanto nós, pois são igualmente dotados de senciência, que, resumidamente, é a capacidade de sentir (saiba mais aqui).
Eles sentem, eles são indivíduos, cada um tem personalidade própria. Isso é fato comprovado e atestado por renomados cientistas de diversas partes do mundo (inclusive o gênio Stephen Hawking, falecido recentemente). E agora, nas páginas de uma coleção de livros infantis, eles também têm nomes e suas histórias contadas: Jill é uma vaca que escapa de um caminhão; Ismael é um porco que vive em um sítio; Márcia é uma galinha perdida no Parque Ibirapuera; Gary é um peixe de rio; George é um peru que vive em um cercado aberto para visitação pública; Vera é uma coelha encontrada no jardim de uma escola. E cada uma dessas histórias tem um ponto em comum: a amizade surgida entre esses animais não humanos e animais humanos.
PAZ – Pessoas e Animais, AmiZades Legais é um projeto de literatura infantil idealizado pela atriz, diretora e professora de teatro Marcya Harco, com textos do escritor, ator, diretor teatral e filósofo Paulo Roberto Drummond e ilustrações da artista plástica e ilustradora Daniela Benite. Segundo o site do projeto, a ideia é fazer o leitor-mirim despertar para “uma percepção sensível em relação a si mesmo e ao outro, na direção de um mundo mais pacífico e compartilhado”. É conscientizar sobre quem são realmente os animais: amigos, e não comida, brinquedos, produtos, roupa, escravos, cobaias etc. etc.
Por meio dessas histórias de amizade interespécies, os livros mostram que não apenas cães e gatos merecem nosso respeito, amor e cuidados, mas todas as espécies que habitam este planeta com a gente. Nós, animais humanos, estamos aqui para crescer e aprender com eles, animais não humanos, e evoluirmos juntos. E, como seres dotados de uma inteligência racional, deveríamos ajudar esses outros seres, mais vulneráveis que nós, no que precisassem nessa caminhada conjunta, e nunca explorá-los e machucá-los como vem sendo feito. Eis a mensagem transmitida por essa coleção literária.
Marcya, Paulo e Daniela, os envolvidos no projeto PAZ, são todos veganos, e essa é a primeira coleção brasileira de contos veganos para crianças. Marcya e Paulo também estão por trás da Cia. Lúdica - companhia teatral que completa 25 anos em 2018 e não usa nada de origem animal em suas produções nem aceita patrocínio de empresas envolvidas com exploração animal - e do Vegan Vj Theatre, projeto que cria performances não somente teatrais, mas também audiovisuais, tendo como temática a libertação animal (veja aqui o que eles fizeram sobre o Nada, o navio da morte). Segundo a dupla, é o artivismo (arte + ativismo) a favor da causa animal. E que agora chega até as crianças por meio do Pessoas e Animais, AmiZades Legais.
Os livros estão à venda na loja virtual do PAZ (acesse aqui). Na compra da coleção completa (seis contos), há desconto de 20% no valor total. E esse é um projeto que está nascendo e seguirá crescendo, conforme adiantam seus criadores: “Pretendemos lançar novos livros, além de apoiar e desenvolver ações focadas em relações positivas entre pessoas e animais, tendo como base a literatura e a educação”.
Mais artivismo para as novas gerações
Outros ativistas pelos direitos dos animais que usam o artivismo para dar voz àqueles que não têm como protestar são o casal Nana Indigo (bailarina, cantora e compositora) e Bruno Monteiro (compositor e escritor). Por meio da Cia. Dente de Leão, eles também abordam a causa animal para o público infantojuvenil, além de terem gravado o primeiro CD vegano brasileiro, Animal Sente. E Nana é mãe do MiniVegano, artivista de 14 anos que criou com ela as ilustrações para o CD e tem uma página no Facebook e um canal no YouTube, onde fala para crianças, adolescentes e adultos.
*Paulo Furstenau é jornalista voluntário da Associação Natureza em Forma
obrigada pela importante compilação em favor dos animais e parabéns aos autores!!
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