Para lutar pela conservação, é preciso gostar da natureza


Historicamente, a criação das unidades de conservação brasileiras aconteceu desconectada da preocupação com seu uso público. Era fundamental conservar as áreas naturais remanescentes mais importantes do ponto de vista ecológico ou paisagístico, mas nossa cultura nunca incluiu uma visitação significativa a essas áreas. O resultado é que conhecemos muito pouco sobre um dos maiores tesouros do País. O que isso tem a ver com nossas crianças? Tudo.

Quando privamos as crianças de conhecer essas áreas, as privamos de conhecer a biodiversidade natural de seu país, por exemplo. Como formar um adulto engajado em defender essas áreas se, quando criança, não houve nenhum envolvimento afetivo com elas? Os gestores públicos precisam repensar em formas de permitir o acesso a essas áreas, e a sociedade precisa ocupar esses espaços. A visitação cuidada e planejada desses locais traria, em longo prazo, benefícios ao desenvolvimento das pessoas, à conexão com a natureza e, claro, ao engajamento em prol dessas unidades de conservação.

No depoimento a seguir, a coordenadora do Programa Mata Atlântica e Marinho da WWF-Brasil, Anna Carolina Lobo, destaca como as experiências espontâneas em áreas protegidas promovem saberes históricos sobre o local onde se vive e também o autoconhecimento.





Foto: Criança e Natureza / Divulgação

Vídeo: Instituto Alana  

Nenhum comentário:

Postar um comentário