Casal passarinheiro fotografa aves há sete anos e tem mais de 80 mil cliques

Rabo-de-arame foi clicado em Novo Airão, no Amazonas


Há sete anos, Susana e o marido Wagner Coppede descobriram os encantos da fotografia de aves com o registro de um sanhaço-frade. “Foi a primeira ave que fotografamos com nossa teleobjetiva. Nós gostávamos de pássaros, mas nunca tínhamos observado a real beleza deles. Foi uma descoberta”, diz Wagner, que já viajava com a esposa para locais como Pantanal e Amazonas em busca do contato com a natureza.

O gosto pela fotografia incentivou o casal a buscar novos registros. Enquanto Susana observava as aves com o binóculo, o marido registrava as espécies com a máquina fotográfica. “Não tínhamos a menor ideia da existência de uma comunidade de observadores de aves, tampouco de sites exclusivos para essa finalidade. Quando soubemos do WikiAves e conversamos com Amaro Alves, um dos pioneiros na fotografia de aves, fomos definitivamente contaminados pelo vírus da observação”, conta Susana, que em 2012 também começou a fotografar.

O casal construiu um acervo com mais de 80 mil cliques da natureza, sendo 900 espécies diferentes de aves organizadas com o nome do animal e o local do registro. “A observação e o registro das aves é um hobby que nos proporciona muita satisfação, por tudo que ele envolve – viagens, natureza, amizades e desafios. Cada viagem é um aprendizado sobre a natureza, sobre o povo local e também sobre nós mesmos.”

Casal passarinha junto há sete anos e fotografa a natureza semanalmente


As viagens somam milhares de quilômetros percorridos em 12 estados e 66 cidades brasileiras, e os roteiros são definidos de acordo com um estudo do habitat das aves. “Fazemos um levantamento de todas as espécies já registradas na região e de todos os lifers (espécies que ainda não registramos). A partir dessa lista, damos preferência para fotografar as novas espécies e as espécies cujas fotos ainda precisamos melhorar”, explica Wagner, que sonha registrar junto com a esposa a harpia, o jacu-estalo e o pararu-espelho.

Entre os cliques, os flagrantes de um tanatau, em Linhares (ES), e de um rabo-de-arame, em Manaus (AM), ganham destaque no acervo da dupla. “Para clicar o rabo-de-arame, fomos até Manaus, viajamos por três horas até a cidade de Novo Airão, flutuamos pelo Rio Negro, caminhamos por mais de uma hora e ficamos horas e horas no meio da mata à espera da ave. Foi demorado, mas depois que avistamos um pontinho amarelo entre as folhas, fizemos muitas e muitas fotos.”

Galo-da-serra chega a medir 28 centímetros


Cardeal-do-banhado vive em pântanos com água profunda


Corrupião também é conhecido como joão-pinto


A reprodução do araçari-castanho ocorre entre a primavera e o verão


Saíra-sete-cores se alimenta de insetos e frutas


O uirapuru também é conhecido como músico-da-mata


Benedito-de-testa-amarela é uma espécie extremamente sociável


Devido às cores da plumagem, a saíra-militar é uma espécie inconfundível 


O soldadinho-do-araripe é uma das aves mais ameaçadas do planeta


Fonte: G1

Fotos: Susana e Wagner Coppede

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