Relato do Zen



Olá, eu sou o Zen!*

A foto acima é do finde passado, quando me levaram para passear no litoral paulista. Mano, eu não conhecia praia, adorei! Andei no calçadão, vi e ouvi aquelas aves diferentes, brinquei com coco... mas o melhor foi sentir a brisa no rosto e o cheirinho da maresia!

Queria poder contar mais sobre experiências legais como essa, mas por enquanto minha vida não tem atravessado uma boa maré. Vou aproveitar este espaço para contar um pouco da minha história.

Fui resgatado em Igaratá, quando ainda era filhote - estava fraco, doente e coberto de sarna. Fui tratado e colocado para adoção na Associação Natureza em Forma, quando a ONG ainda ficava lá no casarão da Paulista (aquele perto da rua Augusta). 

Eu era então um gracioso filhote e fui rapidamente adotado por uma família humana, que garantiu na entrevista de adoção que seria para sempre. Passei sete anos com eles, mas, depois de todo esse tempo, me devolveram, dá para acreditar? Bom, o pessoal da ONG não acreditou muito na história que eles contaram; os humanos usam os mais inacreditáveis pretextos para se desfazer de seus amigos peludos, sabe?

E isso já faz mais de um ano. E eu todo esse tempo esperando por um novo lar. O pessoal aqui da ONG é superlegal e sou muito bem tratado, até me levaram ao litoral para arejar as ideias e tal, mas....eu quero uma família para chamar de minha, entende? Uma família que goste REALMENTE de mim e fique comigo para sempre, haja o que houver. 

E estou assim encalhado porque sou uma peste? Não, eu sou Zen! (hehe...) O problema é que já entrei nos oito anos, estou começando a ficar cego, e os humanos têm uma injusta predileção por filhotes. A maioria das pessoas não sabe que nós, adultos, somos mais tranquilos, obedientes, educados e maravilhosos. O pessoal da ONG fez essa arte enumerando outras razões:




Além do fator idade, sou grandão. Mas posso usar a meu favor o argumento de que o tamanho do meu coração é proporcional ao meu porte! Adoro ficar juntinho, sou ótimo de abraçar e, se você chegar a cara perto de mim, tasco-lhe logo uma lambida no nariz, porque sou desses. Também me dou muito bem com crianças humanas, outros cachorros e até gatos. 

Sou um companheirão, para ficar em casa de boas, ir ao parque, na pracinha (e, quem sabe, dar uns rolês no calçadão de novo, que eu adorei!)... Adoro brincar de pegar bolinha, embora me atrapalhe um tanto para chegar nela por causa da minha vista. E também ajudo os amigos quando eles precisam! (Veja aqui!)

Enfim, já falei demais. Me adota? Espero sua visita aqui na ONG, na rua General Jardim, 234, República (centro de São Paulo). Venha me conhecer, se apaixonar, me levar para casa e ser minha família cara-metade! 


Um lambeijo no nariz!



Manja aqueles cartazes de “Procura-se”? Os voluntários da ONG fizeram um procurando 
adotantes para mim e espalharam por diversos lugares em São Paulo, como restaurantes, feiras...



...Zona Cerealista e outros locais



Eu também virei anúncio publicado gratuitamente pelos parças 
da Revista dos Vegetarianos na edição de abril de 2017...


...além de ter estrelado o folheto de divulgação da ONG



Aqui estou num momento de descontração com a turma lá na Matilha Cultural...


...agora só falta você, família! Vem!



*Texto escrito pelo Paulo Furstenau, jornalista voluntário da Associação Natureza em Forma 

Fotos: todas tiradas pela galera da Natureza em Forma

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