Gatinho arremessado na Esplanada dos Ministérios é adotado e ganha nome



Um final feliz mais do que merecido para a história chocante do gatinho que foi arremessado em plena Esplanada dos Ministérios, durante protesto contra o governo Temer na semana passada (24/5/2017). O filhote foi entregue à nova família na tarde da última segunda-feira (29) e ficará em repouso por quatro meses antes de amputar a pata dianteira direita. A empresária Gladys Elisa Jager Atkinson foi à clínica acompanhada do filho, Derek Warren Atkinson, e da jornalista Sabrina Mancio para buscar o felino, que recebeu o nome de Hope – 'esperança' em inglês.

O bichinho teve alta na segunda à tarde. De acordo com a veterinária da clínica, Júlia Beutel, a amputação só poderá ser realizada nos próximos quatro meses, quando ele estiver em condições saudáveis e com organismo amadurecido para receber a anestesia geral e, assim, recuperar-se da cirurgia.

O site Metrópoles acompanhou a entrega do gato à família. A empresária Gladys foi até a clínica em nome da filha, a estudante Karon Tamara Atkinson Dressel, de 16 anos, que ficou sensibilizada com a história do animal. Segundo a mãe, o caso do pequeno Hope mostra o quanto os brasileiros estão descrentes, sedentos de esperança: daí a decisão de batizar o pequeno sobrevivente de Hope.

“O nome é também uma maneira que buscamos de quebrar preconceitos, seja com animais, seja com seres humanos, queremos acabar com qualquer tipo de preconceito”, afirmou Gladys.

Corrente do bem

jornalista Sabrina Mancio foi quem encaminhou o gato à clínica veterinária, onde foi descoberto que a pata dianteira direita do bichano teria de ser amputada.

Até o momento, ninguém foi responsabilizado. A chefe da Unidade Estratégica de Direitos Animais da Secretaria do Meio Ambiente do Distrito Federal (Sema-DF), Mara Moscoso, ressaltou ao Metrópoles que, mesmo com o vídeo feito, não é possível identificar o culpado. Segundo ela, o órgão só pode atuar se existirem denúncias formais sobre maus-tratos a animais, sejam eles domésticos, sejam silvestres.

“É muito importante dar o maior número possível de informações, como endereço completo e nome do infrator e, se puder, enviar fotos e vídeos”, orientou Mara. Segundo ela, não é necessário que o denunciante se identifique, porém, disponibilizar o contato facilita a apuração do fiscal ou do policial que entrará em contato para mais detalhes. “De qualquer forma, a identidade do denunciante será preservada”, garantiu.

A gerente de fiscalização de fauna do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), Karina Torres, também acompanhou a entrega de Hope à família. O órgão também tenta identificar os culpados.

A empresária Gladys, que foi buscar o felino para a filha de 16 anos

Gladys e Derek, com Hope nas mãos, são a nova família; ao lado, a veterinária Júlia Beutel
e a jornalista Sabrina Mancio, responsável pelo resgate

A estudante Karon Tamara é a nova tutora de Hope:
ela ficou sensibilizada pela história do filhote com a
pata quebrada após ser arremessado na Esplanada


Fonte: Metrópoles

Fotos: Giovanna Bembom / Metrópoles


NOTA DA NATUREZA EM FORMA:

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