Engana-se quem acredita que é necessário comer carne todo dia para ter uma gravidez adequada. Pelo contrário, uma grávida vegetariana ou vegana pode ter saúde plena e desenvolver um bebê sem qualquer problema, caso a dieta seja adaptada e a mãe incremente a alimentação com mais frutas, vegetais, leguminosas e suplementos nutricionais.
Essa é a posição de entidades prestigiadas no campo da nutrição, como a American Dietetic Association e a Academy of Nutrition and Dietetics, ambas dos Estados Unidos - esta última publicou em dezembro de 2016 um artigo, no Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics, no qual dá seu aval para dietas vegetarianas e veganas, inclusive durante gravidez e amamentação.
Essa é a posição de entidades prestigiadas no campo da nutrição, como a American Dietetic Association e a Academy of Nutrition and Dietetics, ambas dos Estados Unidos - esta última publicou em dezembro de 2016 um artigo, no Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics, no qual dá seu aval para dietas vegetarianas e veganas, inclusive durante gravidez e amamentação.
“Dietas vegetarianas e veganas são saudáveis, nutricionalmente adequadas e podem fornecer benefícios na prevenção e no tratamento de certas doenças”, diz a organização. Entre elas, doenças do coração, diabete tipo 2, pressão alta, obesidade e alguns tipos de câncer, sobretudo os gastrointestinais.
A Academy of Nutrition and Dietetics ainda faz referência a estudos cujos resultados registraram que as voluntárias grávidas e vegetarianas tinham menor sobrepeso ao fim do primeiro trimestre de gravidez e menores complicações, como diabete gestacional.
Tudo depende das escolhas durante as refeições, isto é, não vale trocar a carne por massa, pão ou lasanha. “É preciso aumentar a ingestão de legumes, verduras e frutas, além de buscar a ajuda de um profissional. Não é só deixar de comer carne, mas fazer com que os nutrientes da carne venham de outros alimentos”, diz a nutricionista Lara Natacci, da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN).
A carne é uma fonte rica de ferro, zinco, vitamina B12 e ômega 3, elementos apontados como essenciais pela Academy of Nutrition and Dietetics. Para ter nove meses tranquilos, a entidade recomenda reforçar o consumo de uma série de alimentos no lugar da carne e, caso o nutricionista ache necessário, usar suplementos. Veja a seguir os produtos que você precisará colocar a mais no seu carrinho da feira para substituir a carne:
Ferro. É essencial para a formação dos glóbulos vermelhos do bebê e da mãe - se estiver presente de forma insuficiente, a grávida pode ter anemia. Para substituir a proteína animal, vale investir em leguminosas (feijão, lentilha, ervilha, grão-de-bico e soja) e vegetais e folhas verde-escuros (rúcula, couve, brócolis e espinafre). Para melhorar a absorção do ferro pelo organismo, vale aumentar o consumo de vitamina C, presente em frutas como laranja, limão, abacaxi e acerola. Tome cuidado com alguns alimentos que interferem na absorção do ferro, como cafés, chás e Cola-Cola, segundo recomendações da American Dietetic Association.
Ômega 3. Encontrado na carne de peixes de águas frias e profundas, o nutriente também aparece na linhaça, na chia ou, em menor quantidade, em outras oleaginosas. “Ele é importante para o desenvolvimento cognitivo e cerebral do feto e também tem funções anti-inflamatórias, ao estimular a circulação da grávida”, informa Lara Natacci. “Há estudos que apontam que o ômega 3 também está relacionado a uma menor taxa de depressão na gestação e no pós-parto”, diz.
Vitamina B12. Muito abundante na carne, a vitamina B12 pode ser encontrada em leite e derivados, ovos e, em menor quantidade, na quinoa. “Ela é importante para o sistema nervoso central”, ressalta Lara. Para veganas, vale investir na suplementação e prestar atenção na procedência. “Alguns suplementos têm origem animal”, alerta.
Zinco. Importante também para a formação do sistema nervoso central do feto, assim como do sistema circulatório, dos órgãos e para o próprio metabolismo do bebê, o zinco pode ser encontrado em cereais integrais como arroz integral, aveia e trigo.
Cálcio e vitamina D. A vitamina D, cuja produção é estimulada quando tomamos sol, auxilia a absorção de cálcio, essencial na formação dos ossos do feto. Para o cálcio, muito importante no período da amamentação, coma bastante folhas escuras e suplemente. Já para a vitamina D, procure suco de laranja, cereais e margarina, conforme a American Dietetic Association.
Fonte: Estadão
Foto: Pixabay
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