Cão que ficou paraplégico em atropelamento é adotado após três anos em abrigo


O cão que ficou paraplégico após ser atropelado, e ainda teve de viver sem uma família por vários anos em um abrigo, conseguiu um novo lar na semana passada.

Depois de três anos no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Bauru (SP), Ceninha foi adotado pela professora Luana Strabelli, que, em 24/9/2018, procurou o CCZ em busca do cachorro paraplégico que havia visto nas redes sociais.

“Meu interesse era pegar um bichinho que ninguém quisesse”, relata. Na hora, todos os funcionários já souberam de quem Luana estava falando. Era o “cãozinho-propaganda” da campanha de vacinação contra raiva em 2017.

Ceninha foi vítima de um atropelamento aos seis meses de idade. O animal foi resgatado pela equipe do CCZ e passou por exames que mostraram que havia uma fratura em sua coluna vertebral.

Após o diagnóstico, Ceninha passou a receber cuidados de especialistas e chegou a fazer tratamentos como acupuntura e fisioterapia animal. Com sequelas físicas irreversíveis, ele não iria mais conseguir andar com as patas de trás.

A saída encontrada pelo CCZ foi equipá-lo com uma cadeira de rodas adaptada, especialmente feita para ele. Daí o nome, em homenagem a Ayrton Senna.

Ceninha se adaptou facilmente às rodinhas e não demorou para começar a correr, contam os funcionários do CCZ. “Foi amor à primeira vista”, declara Luana, entusiasmada.

A professora adotou o cachorro após ele esperar por um novo lar durante os últimos três anos. “Já é difícil as pessoas adotarem um animal adulto, imagina com deficiência”, pontua.

Além de Ceninha, Luana é tutora de outros dois cães, Led e Raul, e mais dois gatos, Jani e Zé. Segundo ela, a adaptação na nova casa tem sido tranquila.

Chefe da Seção de Controle de Zoonoses, Valéria Medina conta que todos os funcionários ficaram muito emocionados com a atitude de Luana. “Achávamos que ele nunca fosse ser adotado”, admite.



Campanha de adoção

Apesar da saída de Ceninha, o CCZ ainda tem dificuldades para encontrar pessoas interessadas em adotar animais com deficiência. Atualmente, a unidade tem outros três cachorros e uma gata com deficiência esperando um novo lar.

Depois de adotados, os animais continuam a receber acompanhamento de um fiscal do Centro por meio de visitas domiciliares.

Fonte: G1 

Fotos: Centro de Controle de Zoonoses de Bauru


NOTAS DA NATUREZA EM FORMA:

1. Leia matéria feita sobre o CCZ de São Paulo, nosso parceiro, sobre os animais especiais que ainda aguardam um lar: Pretos, velhinhos e doentes: os cães rejeitados na fila da adoção 

2. Leia sobre pessoas que fazem equipamentos para animais com deficiências físicas, por amor a eles: 



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