Pesquisa revela insegurança no transporte de cachorros


A fabricante sueca Volvo publicou, na última semana (23/3/2018), uma pesquisa com tutores de animais de estimação nos Estados Unidos. A análise revelou que, embora a preocupação dos tutores com o transporte de cachorros seja relevante, 97% dos humanos mantêm práticas inseguras durante os trajetos.

O questionário virtual envolveu duas mil pessoas que vivem nos EUA, 1.324 das quais são tutoras de animais de estimação. O foco foi a segurança no transporte de animais em carros, e a maioria dos participantes foi classificada como parte da geração dos millennials, o que significa pessoas nascidas entre o início da década de 1980 e a metade da década de 1990. Algumas conclusões foram:

38% dos participantes declararam que não viajariam sem seus animais de estimação

49% não viajaria sem seus cachorros

94% disse se sentir protetor com relação aos animais de estimação

26% acredita que os carros são seguros para seus cachorros

31% declara sentir culpa por ter que levar os cachorros em seus carros

84% acha que a segurança veicular para animais não é levada a sério

38% se preocupa na hora de andar de carro com seus cachorros

24% preferiria deixar o cachorro em casa por achar que o carro não é seguro para ele

97% acaba, de uma forma ou de outra, andando com animais de estimação no veículo, mas de forma insegura

Reconhecendo as próprias práticas como inseguras, os tutores revelaram que, apesar de preocupados, não tomam muitas medidas para proteger os bichos:

41% deixa seus cachorros andarem no banco da frente

23% prende os cachorros de alguma forma

48% não possui dispositivos de segurança veicular para animais que foram testados

28% adquiriu gaiolas ou cintas que se encaixam no cinto de segurança

11% utiliza cadeirinhas para o transporte de animais

5% afirma que seus veículos oferecem recursos de fábrica para o transporte de animais

No Brasil, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) não fornece recomendações sobre a forma mais segura de transportar animais dentro de carros. A lei coloca apenas duas proibições em relação à prática: o artigo 235 prevê infração de natureza grave para quem “conduzir pessoas, animais ou carga nas partes externas do veículo, salvo nos casos devidamente autorizados”; já o segundo parágrafo do artigo 252 traz algumas diretrizes para quem “dirigir o veículo transportando pessoas, animais ou volume à sua esquerda ou entre os braços e pernas”.

Entretanto um animal carregado solto dentro da cabine pode colocar todos em risco. É possível, por exemplo, que o animal, quando for pequeno, entre debaixo dos pedais, impossibilitando o acionamento do freio. De forma geral, o transporte de cachorros e outros animais de estimação pode atrapalhar manobras, dificultando os movimentos do motorista ou bloqueando sua visão repentinamente.

Outro perigo é o animal transportado solto no banco traseiro. Se o veículo estiver em velocidade mais alta e sofrer uma colisão frontal, o bicho será lançado como um projétil, se machucando e podendo até mesmo matar os ocupantes da dianteira.

Entre as opções para evitar esses perigos, animais podem ser transportados dentro de casinhas ou gaiolas, presas pelos cintos de segurança; com um cinto de segurança peitoral específico para cachorros; em cadeirinhas especiais, como as de crianças; ou, ainda, em porta-malas cercados por grades para evitar que o animal, nesse caso, de maior porte, seja lançado em caso de uma colisão.

Cintas que se prendem a encaixes do veículo


Gaiola ou caixa para transporte


Cintas que se prendem a encaixes do veículo


Grades no porta-malas


Fonte: AutoPapo 

Fotos: iStock


NOTA DA NATUREZA EM FORMA:

Já os gatos devem sempre ser transportados dentro de caixas de transporte próprias para gatos. Leia aqui.

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