Doença do carrapato, um grande risco aos cachorros


A erliquiose (ou erlichiose) é uma doença que pode trazer riscos seriíssimos aos cães. É também conhecida como doença do carrapato, uma vez que é transmitida por ele. Muito grave e dificilmente conhecida pelos tutores, ela deixa o cão triste, apático e diferente do que costuma ser.

A transmissão acontece da seguinte maneira: um cachorro contaminado é mordido por um carrapato, e ele, ao morder outro cão, passa a doença. A bactéria, do gênero Ehrlichia, sendo a principal a Ehrlichia canis, tem como principal vetor o carrapato marrom (Rhipicephalus sanguineus). Por esse motivo, o verão é o período de maior incidência, uma vez que os carrapatos gostam de lugares úmidos e calorosos para se reproduzir. 

Ao adentrar o corpo do animal, o parasita ataca os glóbulos brancos sanguíneos, que são as células responsáveis pela defesa do organismo. Sendo assim, o cão passa a perder sua imunidade e ter uma aparência doente, no entanto, não há uma receita para dizer quais são os sintomas, já que depende da reação de cada cachorro. A erliquiose possui três fases:

Fase aguda: é possível que o animal tenha febre, redução de peso, falta de apetite, fraqueza, tremores musculares, insuficiência renal, sangramento nasal e vômitos. Nesta fase, o cachorro pode transmitir a doença e é possível ainda encontrar carrapatos em seu corpo; 

Fase subclínica: diferentemente da primeira, os sintomas não são aparentes, isso porque os danos estão acontecendo dentro do corpo, como depressão, cegueira, hemorragias e anorexia. Não há sintomas clínicos, só sendo possível identificar qualquer problema por meio de exames de sangue. Nesta fase, se o sistema imunológico do animal não conseguir combater a bactéria, a doença atinge a etapa crônica; 

Fase crônica: neste momento, é mais fácil identificar os sintomas, porém, mais difícil combatê-los. O sistema imunológico está bem fraco, então é mais provável o cachorro adquirir alguma infecção. Geralmente, o animal apresenta os mesmos sinais da fase aguda, porém, eles são mais atenuados e acontecem junto com infecções secundárias, como pneumonias, diabetes e problemas de sangue.

Como saber se o cachorro está com erliquiose?

Como os sintomas podem ser facilmente confundidos com inúmeras outras doenças, é importante levá-lo ao veterinário. Evidentemente, quando está na fase aguda é mais fácil de diagnosticar e tratar o cão. Quanto mais tempo demorar para descobrir, mais chances de a doença se proliferar.

A princípio, só é possível identificar a erliquiose quando os carrapatos ainda estão no corpo ou por exames de sangue. Depois são necessários exames laboratoriais que conseguirão encontrar e analisar a bactéria.

Existem outras doenças do carrapato?

Outra doença popularmente conhecida como doença do carrapato é a babesiose. A principal diferença entre babesiose e erliquiose é que a primeira é causada por um protozoário, que atinge os glóbulos vermelhos, e a segunda por uma bactéria que atinge os glóbulos brancos do sistema sanguíneo. Em ambas, os sintomas são parecidos, portanto, o diagnóstico que irá identificar de qual doença se trata é feito por meio de exames mais profundos.

A erliquiose possui tratamento?

Sim, ela pode ser tratada em todas as fases. Geralmente, o cuidado é feito por meio de medicamentos e, dependendo do estado do animal, o veterinário pode optar por tratamentos mais intensos como soro e até transfusão de sangue*. A duração do tratamento depende de quando o animal foi diagnosticado e em qual fase a doença está.

Quais as formas de prevenção?

Em primeiro lugar, nunca descuidar da higiene: muitas doenças são evitadas quando há banho regular, checagem nos pelos (nesse caso, procurando carrapatos) e atenção à rotina do animal; 

Investir em coleiras anticarrapato e repelentes; 

Evitar deixar o cão brincar em lugares propícios a insetos; 

Manter gramas curtas; 

Usar sabonetes e xampus que também sejam anticarrapato. 

Em caso de qualquer manifestação diferente, é imprescindível a ida ao veterinário. Nos cães, os sintomas podem aparentar uma coisa e ser outra mais grave, então não é recomendado medicá-los por conta própria.

Verifique as orelhas, entre os dedos das patinhas e nas áreas dos olhos, nuca e pescoço do cão. Encontrou um carrapato? Leve-o ao veterinário ou peça que ele te ensine como retirá-los da melhor forma possível. Não dê mole para a doença do carrapato nos cachorros!

Fonte: Canal do Pet  

Foto: Shutterstock


*NOTA DA NATUREZA EM FORMA:

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