Com spray e talento, artista desenha animais em muros para incentivar adoção em Uberlândia (MG)


Com a intenção de encontrar um lar para cães abandonados, um artista plástico de Uberlândia (MG) usou seu talento para mostrar à sociedade a existência desses animais. Segundo a Associação de Proteção Animal (Apa), atualmente, na cidade, há cerca de 30 mil cães nas ruas, além dos 430 que a entidade abriga.

O artista Ferreira Marcos, de 35 anos, utiliza spray e criatividade para retratar os cães em muros da cidade. “Esse assunto de abandono de animais é uma coisa que me incomoda bastante, e minha forma de tratar dele e falar com a sociedade é fazer um trabalho como esse”, diz.

Além de deixar a cidade visualmente mais bonita, Marcos quer chamar a atenção das pessoas para a causa. “Chamar a atenção de uma forma bonita, diferente. Esse trabalho na rua tem um impacto muito grande, porque mexe com as pessoas. Gosto de trabalhar bem o olhar deles para expressar todo esse sofrimento, essa dor que os animais passam e muitas pessoas não veem.”

De acordo com o diretor da Apa, Elson Torres, o preconceito das pessoas em adotar animais adultos contribui para o aumento do número de abandonos. “Hoje, a proporção é de 200 filhotes adotados para cada adulto. A gente tenta promover feiras específicas de adultos, mostrar a vantagem de ter um adulto em casa*, que já tem sua índole, mas é realmente mais difícil a adoção de adultos”, informa.

Ainda segundo o diretor, em bairros novos da cidade, como Monte Hebron e Pequis, além dos animais abandonados, há cerca de dois mil cães com tutores, mas que ficam soltos na rua, já que muitas casas não têm muros. “O ideal seria castrar esse cachorro e colocar um chip para que o tutor saiba onde ele está**. Esses animais ficam soltos, reproduzem e provocam doenças.”

Torres destaca também que a Associação não tem condições de abrigar todos os cães, pois cada um custa cerca de R$ 80 por mês. “Além dos 120 quilos de ração consumidos por dia, nossos custos só com dois veterinários, medicamentos e procedimentos externos (cirurgias em clínicas) geram R$ 15 mil para a Apa”, conclui.

Veja o vídeo.





Fonte: G1  

Foto: TV Integração


NOTAS DA NATUREZA EM FORMA:

*1.


**2. Na verdade, cães não devem ter livre acesso à rua em hipótese alguma, a não ser para o passeio diário, no mínimo três vezes por dia, junto com o tutor e na guia. O animal deve estar identificado apenas como precaução caso haja uma fuga. 

Quanto aos gatos, também não devem ter acesso à rua. As janelas da casa ou apartamento devem ser todas teladas. E, quando o animal precisar ser levado ao veterinário, para uma viagem, mudança de endereço etc., ele deve estar dentro da caixa de transporte para gatos. 

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