Mitos e verdades sobre adoção de cães e gatos



O Brasil tem cerca de 30 milhões de animais em situação de abandono. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães vivem pelas ruas das cidades do País. O número espanta, não é mesmo?

Para solucionar o problema, muitas pessoas, instituições e organizações resgatam esses bichos, atestam sua saúde, se responsabilizam pelos cuidados médicos, castração e depois, quando já estão saudáveis, disponibilizam os animais para a adoção.

Infelizmente, ainda existe muito preconceito com cães e gatos vindos da rua e a compra de animais acaba tendo mais procura. Para a veterinária Laís Alarça, a conscientização é um passo importante para solucionar o problema.

“Há muitas pessoas procurando um animal e muitos animais precisando de alguém, mas ainda há um tabu em torno da adoção no Brasil, e é isso que precisamos vencer em um primeiro momento. Há muitas formas de adotar um bichinho e nenhum risco para a saúde de quem faz isso”, revela.

Para tirar algumas dúvidas e mostrar que os animais merecem uma chance de ganhar uma família para chamar de sua, reunimos as dúvidas mais frequentes.

Todo animal que veio da rua é sujo, cheio de doenças?

MITO. “Muitos podem, sim, estar com algum problema de saúde, mas grande parte deles só precisa de acompanhamento veterinário, uma alimentação de qualidade, carinho e um lugar quentinho para dormir. Se você buscar uma organização de proteção, por exemplo, eles só disponibilizam os animais que não apresentam riscos para os adotantes. Antes de chegarem nessa fase, ficam em tratamento”, diz a veterinária.

O animal adotado precisa ir ao veterinário antes de seguir para a casa da nova família? 

VERDADE. Assim como qualquer novo animal na casa, os adotados precisam de cuidados. Se você mesmo fez o resgate do bichinho, a melhor coisa a fazer é levá-lo imediatamente ao veterinário. O especialista vai atestar a saúde do animal e, se necessário, indicar o melhor tratamento. No caso de a adoção ter ocorrido por meio de uma instituição, ele provavelmente já terá recebido os primeiros cuidados e o adotante só precisará manter vacinas, vermífugos ou, se for o caso, continuar o tratamento iniciado.

Assim que o animal chegar em casa, ele já se sentirá parte da família e todos estarão adaptados com a nova rotina?

MITO. “Como em qualquer relação, o adotante e o animal vão precisar se conhecer. A adaptação de ambos pode levar alguns dias, mas geralmente resulta em uma linda história que a família e o animal protagonizarão juntos. Os animais se adaptam rapidamente, precisam apenas de segurança e atenção. É preciso lembrar que o ambiente é novo para o bicho e é extremamente natural que ele se assuste nos primeiros momentos”, explica Laís.

Gatos gostam de altura e sempre procuram um local onde se sintam seguros. “Deixe brechas para que o animal se esconda e passagens entre os cômodos para que não se machuque em caso de tentativa de fuga para outro ‘esconderijo’. Armários e prateleiras também agradarão ao bichano”, indica.

É preciso ter alguns cuidados com o animal na casa nova?

VERDADE. Prepare a casa para recebê-lo, pois isso é fundamental para evitar incidentes. Animais são curiosos e desbravarão o novo lar, o que pode resultar na ingestão acidental de produtos de limpeza ou mesmo de plantas tóxicas. “Observe ao redor e retire o que pode ser perigoso. Outra opção é limitar o acesso do animal e introduzi-lo no ambiente aos poucos. No caso dos gatos, isso é primordial, as janelas precisam estar teladas antes da chegada do bichano”, explica a médica veterinária.

Os abrigos só querem desencalhar os bichos e mentem sobre a saúde e personalidade dos cães e gatos para o adotante levar de qualquer jeito?

MITO. Por isso, a importância de procurar um lugar que faça um trabalho sério. Nenhuma organização tem interesse em omitir informações sobre seus resgatados, até porque, com poucos dias de convivência, a família notaria e devolveria o animal – o que não é interessante para a organização. Devoluções costumam ser traumáticas para os bichos, eles sentem o abandono. Para evitar que isso aconteça, os abrigos repassam o máximo de informação sobre os animais para que o novo tutor se identifique pelo que o bicho realmente é. A intenção é fazer com que a adoção seja um sucesso absoluto para o cão ou gato e adotante.

Preciso ter cuidados com a alimentação do meu novo amigo?

VERDADE. A maioria dos abrigos não consegue oferecer uma alimentação de qualidade, pois são muitos animais para alimentar. “É preciso atenção na hora de mudar a marca do alimento, pois isso pode interferir na saúde do bicho. O ideal é que a migração seja feita aos poucos, misturando a alimentação antiga à nova gradativamente. Esse processo costuma levar cerca de uma semana”, diz Laís. Mas não se apavore, isso não é uma questão difícil e seu novo amigo ficará feliz por estar sendo alimentado.


Adotar é um ato de amor, além de ser transformador. Os bichos são gratos e fiéis àqueles que amam e esse sentimento perdura pela vida toda. 

Fonte: Metrópoles

Foto: iStock


NOTAS DA NATUREZA EM FORMA:

1. E para você se convencer definitivamente de que adotar é SEMPRE a melhor forma de ter um amigo não humano (mesmo porque amor e amizade não se compra, certo?), clique aqui e leia matérias sobre a realidade do comércio de animais. 

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