O meio ambiente e a ingratidão humana



Por Sabrina Borges Portela*


O meio ambiente, com toda sua magnitude e beleza, oferece-nos belíssimas paisagens que inspiram nossos dias.

Oferece-nos um dos bens mais preciosos para nossa subsistência: a água.

Oferece-nos diversos tipos de alimentos, independentemente do tipo de sua dieta alimentar.

Oferece-nos os cantos dos pássaros com suas belas melodias.

Oferece-nos o mar com sua beleza estonteante, que proporciona prática de esporte, lazer, petróleo, entre outros proveitos.

Oferece-nos a biodiversidade, que é um grandioso armário de medicamentos que tem provido a humanidade com uma vastidão de recursos que salvam vidas.

Oferece-nos matéria-prima para criação de infindáveis bens indispensável para a vida humana.

E, em contrapartida a esses inúmeros benefícios oferecidos pela mãe natureza, retribuímos com poluição desenfreada dos mananciais, rios, lagos e mares, destruindo toda vida que neles habita.

Desmatamento incontrolável de florestas, matas ciliares, promovendo a agricultura e pecuária sem qualquer preocupação com as espécies que serão prejudicadas.

Queimadas, método comum entre os agricultores que as utilizam para preparar o solo para plantio. Esse método primitivo causa danos ao solo e aos demais recursos naturais.

Caça e pesca, tendo como consequências algo desastroso, uma vez que muitas espécies estão correndo risco de extinção em função dessa atuação - e, como o equilíbrio do ecossistema depende da existência de todas as espécies, quanto maior a atividade predatória, maiores serão as consequências.

Tráfico de animais. A retirada de animais silvestres da natureza gera não apenas sofrimento animal, mas pode ter consequências ambientais graves, com ameaça de extinções locais ou extinção da espécie como um todo, até desequilíbrios ecológicos com consequências econômicas.

Ampliações desordenadas das fronteiras agropecuárias dentro das áreas de mata nativa.

Produção maciça de lixo e seu descarte irregular, ocasionada pelo consumismo frenético.

Os seres humanos e seu egocentrismo monstruoso.

A defesa da natureza não é papinho de ambientalista, mas sim deveria ser um princípio de toda a sociedade, pois a estabilidade da vida na Terra está intrinsecamente relacionada com a saúde do meio ambiente, então sejamos coerentes e gratos por tudo que a natureza nos proporciona, fazendo nossa parte enquanto ainda temos tempo de salvar as nossas vidas e das futuras gerações. Quem sabe, neste mês em que “celebramos” o Dia Mundial do Meio Ambiente, possamos fazer uma análise e reflexão sobre nossas atitudes perante esse bem imensurável.


*Sabrina Borges Portela é bióloga e professora

Fonte: A Hora

Foto: Reprodução

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