Mercado voltado para o veganismo cresce no Brasil



O consumo de alimentos que não têm origem animal está crescendo em todo o mundo. E o mercado está de olho nesse público.

A inauguração da loja do empresário Rodrigo Pedrosa foi há um ano. Antes, ele vendia produtos naturais e resolveu restringir a oferta: “A gente se apaixonou pela causa. A gente mudou a nossa alimentação também e decidiu mudar porque já estava vendendo uma coisa em que não acreditava”.

E isso justificou o investimento no empório, onde não entra nada que tenha sido produzido a partir de animais: carne, laticínios, ovos ou mel.

A pergunta é: você sabe quais são os campões de venda na loja vegana? Produtos que também são queridinhos nos supermercados comuns: linguiça, presunto, hambúrguer, salsicha. Mas nesse caso, a salsicha, a linguiça e o presunto são de soja, o queijo é de castanha de caju e o hambúrguer de grão-de-bico.

A indústria acordou para esse mercado. Uma fábrica no Recife (PE) abriu há seis meses e já vende para quatro estados. “A gente acredita que começou o projeto na hora certa”, comemora a empresária Kátia Carrero.

Coxinhas de carne de jaca e de shimeji estão entre os 16 mil salgados produzidos por mês em uma cozinha onde tudo foi adaptado. “Buscamos substituir os que chegassem mais próximo no valor nutricional”, explica a empresária Emanuelly Albuquerque.

No lugar da carne, as leguminosas - é o que indica a nutricionista Natália Alcântara. “Porque esses alimentos têm proteína, cálcio, ferro e zinco, que são os substitutos principais dessa carne.”

Há um ano, o movimento no restaurante de Guilherme Malthus não para de crescer. Ele aprendeu que os veganos, como qualquer pessoa, também comem com os olhos e são exigentes quanto ao sabor. Para quem está pensando em aderir, ele tem uma dica: “Antes de tirar as proteínas animais, acrescentar vegetais, leguminosas: tudo isso fortalece a alimentação e depois você vai para um próximo passo, que é a retirada da carne e do resto dos derivados animais, queijo, leite, laticínio”.



Fonte: G1 / Jornal Hoje

Foto: Jornal Hoje / Reprodução


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