Hamster sadio



Um dos problemas de saúde mais comuns entre os hamsters é a doença do rabo molhado. A prevenção é simples: basta cuidar diariamente da higiene do bichinho.

Os biólogos Luiz Lisboa, Thiago Sá e Tiago Calil dão dicas para prevenir e tratar o problema. Segundo definem, o hamster mais comum é conhecido como sírio (Mesocricetus auratus) e possui hábito crepuscular, ou seja, é no início da noite que fica mais ativo. Não necessita de vacinas nem de banhos. As doenças mais comuns estão relacionadas a infecções bacterianas ou fúngicas como a doença do rabo molhado, que causam sintomas adversos no animal (infecções cutâneas, diarreia etc.). Veja a seguir.

A doença. Também conhecida como wet tail ou hiperplasia ileal transmissível, a doença do rabo molhado é de origem bacteriana. Acredita-se que seja causada pela presença de diferentes espécies juntas de micro-organismos. O hamster desenvolve a doença quando há pouca higienização do ambiente onde vive, agregada a má alimentação.

Sinais. O animalzinho apresenta grande umidade no abdômen e na cauda, o que causa uma diarreia aquosa. Por conta disso, a região passa a agregar sujeira e desenvolve mau cheiro. A doença provoca dor abdominal, deixando o animal letárgico e irritável, vocalizando por conta da dor e do desconforto.

Consequências. Desidratação e desnutrição, já que o animal deixa de se alimentar. Se não tratada, a doença pode levá-lo à morte.

Prevenção. A higiene da gaiola deve ser constante! Todos os dias, o comedouro e o bebedouro precisam ser lavados e o conteúdo totalmente substituído. Verifique as serragens e remova o que estiver sujo. A alimentação deve ser baseada em ração específica e de qualidade, garantindo boa nutrição ao hamster*. Caso venha a desenvolver a doença, deixe o animal sozinho na gaiola e busque orientação de um veterinário especializado, que irá receitar o tratamento adequado.

Contágio. A doença pode ser contagiosa de um hamster para outro (eventualmente pode acometer outras espécies de pequenos roedores, o que não é comum). Mas não é uma zoonose, ou seja, não é transmissível para os humanos. Ainda assim, é indicado que o tutor lave e seque bem as mãos antes e depois de manusear o hamster, evitando a contaminação cruzada.

Fonte: Blogue Mundo Pet - A Tribuna

Foto: Shutterstock


NOTAS DA NATUREZA EM FORMA:

*1. A ração para hamster é a NuTrópica. Para complementar, ofereça pedaços de frutas, legumes e folhas verde-escuras. Animal bem nutrido não pega doença.

2. Como parte da higienização, coloque pó para banho seco (também conhecido como pó de mármore e igualmente recomendado para chinchilas) três vezes por semana.

3. A casinha do hamster deve ser espaçosa, com três andares e roda para ele se exercitar.

4. Atualmente, temos dois casais de hamsters em nosso Centro de Adoção, o Bobó e a Bubu, o Kaká e a Kiki. Eles foram encontrados abandonados em uma caixa na rua e aguardam uma família que lhes dê o amor e respeito que merecem. O adotante deverá adotar um dos casais, ou ambos, para que o hamster tenha companhia (os machos são castrados; hamsters fêmeas não são castradas porque não resistem à dosagem de anestesia para o procedimento).

Hamsters para adoção responsável na ONG (Foto: Natureza em Forma / Divulgação)

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