Embora muita gente ainda pense o contrário, os veganos não seguem um padrão visual ou de pensamento. Especialmente com a popularização desse estilo de vida na última década, os veganos estão cada vez mais diferentes entre si. E isso é muito bom.
Recentemente, o jornal britânico The Guardian abordou o assunto mostrando breves entrevistas com quatro veganos que vivem em Londres (veja aqui, em inglês). O estereótipo de “natureba” ou “hippie” não se aplica a nenhum deles.
Um dos entrevistados fundou um festival que une cerveja e comida vegana que atrai cerca de mil pessoas por edição. Ele assume que está acima do peso considerado ideal e está bem com isso. E tampouco se preocupa muito com a qualidade nutricional do que consome, desde que não tenha crueldade com animais envolvida.
Outro é engenheiro e começou no veganismo por presenciar um acidente com um caminhão cheio de animais que iam para o matadouro. Algo parecido com o que aconteceu no Brasil com as porcas do Rodoanel, mas lá aconteceu com bois.
Uma terceira entrevistada é dona de um bufê que serve comida vegana em grandes eventos como casamentos e comemorações corporativas. Os principais motivos que a levaram a ser vegana são ambientais e também a questão social, de distribuição da produção de alimentos. O fato de a maior parte dos grãos produzidos ir para animais da pecuária enquanto tanta gente passa fome mexeu com ela.
A última pessoa ouvida pelo The Guardian é musicista e decidiu se tornar vegana primeiro por questões de saúde. De origem jamaicana, ela comia muitas coisas de origem animal e era viciada em pizzas. Ela é cantora e tinha diversos problemas de inflamação na garganta e percebeu que era sempre depois de consumir muitos laticínios.
A diversidade entre os adeptos do veganismo tem sido um dos motivos pelos quais os jovens têm se interessado mais pela filosofia. Cada vez menos os veganos são vistos como um grupo à margem da sociedade, formado por “diferentões”. Não há mais tanto preconceito com os veganos como havia no passado. Pelo contrário, atualmente ser vegano é visto como algo realmente bacana, digno do respeito de amigos e familiares.
Embora muitos caminhos levem as pessoas a conhecerem o veganismo, a questão dos direitos dos animais é o que faz os adeptos continuarem sendo veganos até o fim da vida.
Claro que uma pessoa pode ser firme no propósito de não comer nada de origem animal só por questões ambientais, por exemplo, mas o que se vê é que a motivação animalista é a mais forte. Isso porque o veganismo foi criado com o intuito de acabar com o sofrimento dos animais explorados pelo ser humano e esse conceito permanece e fica cada vez mais forte.
Fonte: Vista-se
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