Um grupo de 35 pessoas, de acordo com a Guarda Municipal, protesta em frente ao laboratório Royal, em São Roque (SP) na madrugada desta sexta-feira (18). Os manifestantes acusam o laboratório de provocar maus-tratos a animais, como cães da raça beagle e ratos, usados em testes laboratoriais de produtos cosméticos e farmacêuticos.
O protesto começou por volta das 20h, e ganhou maior adesão no fim da noite. Segundo relatos de manifestantes que estavam no local, é possível ouvir latidos de dor de cachorros vindos de dentro do laboratório.
No fim da noite desta quinta-feira (17), a polícia civil de São Roque informou que registrou um boletim de ocorrência sobre a denúncia de maus-tratos.
Os manifestantes impedem a saída de veículos do laboratório sem que antes façam uma vistoria para saber se há cães. Houve um princípio de confusão porque um dos motoristas se negou a abrir o carro para que os ativistas olhassem dentro, e depois recuou, sem sair do local. A Guarda Municipal enviou quatro viaturas ao local, duas em cada um dos portões da empresa, mas diz que até agora não houve nenhum tumulto ou registro de atos de violência. O G1 não conseguiu falar com representantes do laboratório - nenhum dos telefones atendeu.
O protesto acontece desde o último sábado (12), mas ganhou novas adesões nesta quinta-feira por causa de boatos de que a empresa estava preparando a retirada e o sacrifício dos animais, depois que três vans e um caminhão de pequeno porte entraram no laboratório durante a tarde. Nas redes sociais, internautas prometem se juntar ao protesto.
Uma reunião estava marcada para o fim da tarde desta quinta-feira, com a presença de ativistas dos direitos dos animais, funcionários da prefeitura e representantes do laboratório. O encontro foi cancelado porque a empresa enviou e-mail informando que não ia mandar um representante, temendo por segurança, e depois que os ativistas decidiram ir embora para reforçar o bloqueio dos portões.
Entenda o caso
Em seu site, o Royal informa que os testes de citotoxicidade que realiza são “interessantes por serem rápidos, envolverem baixo custo e permitirem a avaliação de diversos alvos celulares (...) possibilitando a ampliação do conhecimento sobre os efeitos citotóxicos causados por agentes químicos e a estimativa destes efeitos em humanos”.
Em seu site, o Royal informa que os testes de citotoxicidade que realiza são “interessantes por serem rápidos, envolverem baixo custo e permitirem a avaliação de diversos alvos celulares (...) possibilitando a ampliação do conhecimento sobre os efeitos citotóxicos causados por agentes químicos e a estimativa destes efeitos em humanos”.
O imbróglio vem desde o ano passado, quando houve a primeira manifestação de defensores dos direitos dos animais contra o Royal. Os beagles são usados, segundo o laboratório, porque são dóceis, de médio porte e fácil manejo, além de serem uma raça pura, menos sujeita a variações genéticas - o que tornaria o resultado dos testes mais exato. O Ministério Público de São Roque investiga o caso, mas ainda não foi feita nenhuma acusação formal contra o laboratório.
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