Estudo afirma que uma em cada dez espécies pode ser extinta até 2100


Pesquisa diz que animais e vegetais já sentem efeitos da mudança do clima.
Previsões dos efeitos climáticos e relatos de alterações foram utilizados.

Do Globo Natureza, em São Paulo
Estudo elaborado por pesquisadores da Universidade de Exeter, no Reino Unido, aponta que uma em cada 10 espécies de animais e vegetais poderá ser extinta até 2100 devido aos efeitos da mudança climática.
De acordo com os cientistas, foram examinados efeitos recentes do aquecimento global nesses grupos, comparando ainda com as previsões futuras do fenômeno.

Publicado na revista PNAS, o estudo utilizou a lista vermelha de espécies em risco elaborada pela organização ambiental IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais, na tradução do inglês), cruzando essas informações com cerca de 200 previsões de efeitos da mudança do clima citadas em estudos elaborados em todo mundo, assim como 130 relatos de alterações que já ocorreram.


Extinto

Com os dados, foi possível prever, por exemplo, que uma planta endêmica chama cañada, encontrada em Tenerife, nas Ilhas Canárias, tem entre 74% e 83% de probabilidade de desaparecer nos próximos 100 anos, como resultado das secas.


Em Madagascar, uma elevação da temperatura em 2ºC poderá reduzir a quantidade de répteis e anfíbios que vivem nas cadeias de montanhas da ilha. Na Europa, a quantidade de aves encontradas nas florestas boreais sofrerá redução, como a população do Borrelho-ruivo, que tem chance de 97% de desaparecer até 2100.
Ilya Maclean, um dos autores da pesquisa, afirma que as informações servem de alerta para uma ação imediata no combate aos efeitos do aquecimento global.

"Muitas espécies já estão em declínio e podem se tornar extintas se as coisas continuarem como estão. Chegou a hora de pararmos com as incertezas e de encontrarmos desculpas para não agirmos. Nossa pesquisa mostra que os efeitos nocivos das alterações climáticas já estão acontecendo e podem ultrapassar as previsões", disse Maclean.


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