Fotógrafa faz registros de cães e gatos deficientes da Suipa, para incentivar a adoção de animais especiais

A cadela Princesa, que perdeu uma pata ao salvar uma criança de seis anos


Princesa é uma cadela corajosa. Ela perdeu uma das patas ao salvar uma criança de seis anos do ataque de um pitbull e chegou na Sociedade União Internacional Protetora dos Animais (Suipa) entre a vida e a morte. A cachorra já ficou famosa entre os voluntários por ser expressiva e gostar de interagir com as pessoas. Segundo a direção da entidade, Princesa ainda toma medicamentos, mas já melhorou muito.

Ela e outros 19 animais com algum tipo de deficiência, entre cães e gatos, são as estrelas do trabalho de conclusão de curso da fotógrafa Clara Medeiros, do Rio de Janeiro.

“Sempre me identifiquei com os animais. E eu tinha que fazer um trabalho final, então juntei o útil ao agradável. Cheguei a procurar referências, mas só encontrei lá fora”, destaca Clara, que tem três cachorros.

A ideia é fazer com que os animais sejam vistos de outra forma, como cães e gatos que estão disponíveis para adoção e precisam de uma família amorosa. O objetivo é ajudar nesse processo.

“Pensei nos acessórios e no fundo para dar leveza ao assunto. Deu tudo certo, eles se comportaram superbem. É para as pessoas enxergarem os animais de outra maneira”, destaca a fotógrafa.

De acordo com a diretora social da Suipa, Sylvia Rocha, a instituição tem até mais animais com algum tipo de deficiência que precisam de um lar. Ela acredita que ainda existe preconceito, já que, a cada 35 adoções que a instituição coordena em média por mês, duas delas, no máximo, são de animais com necessidades especiais.

“Todos os animais disponíveis para adoção têm condições plenas de saúde e podem ser adotados por quem se interessar, e, como eles têm necessidades especiais, fazemos uma pequena entrevista e vemos as condições para uma adoção responsável”, destaca Sylvia.

Clara apresentou suas fotografias como trabalho final do curso no último 26 de junho. “A importância é dar visibilidade para eles. Muita gente vê esses animais e acha que vai dar trabalho. As pessoas têm que olhar para eles.”

Sylvia manda um recado para quem ainda resiste em adotar um animal com algum problema: “Deficiente é o preconceito. Eficiente é o seu amor, que basta”.

















Fonte: G1 

Fotos: Clara Medeiros

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