Prática sueca, 'plogging' mistura caminhada com recolhimento de lixo das ruas

Paulina Brand pratica plogging nas praias da Califórnia, nos Estados Unidos 
(Foto: Arquivo pessoal)



Plogging é a combinação das palavras em inglês 'jogging' e 'pick up' (caminhar e apanhar). Basicamente, significa pegar lixo enquanto você corre ao ar livre, assim ajudando a natureza enquanto melhora sua qualidade de vida e aptidões física e mental.

A tendência começou na Suécia, mas uma pesquisa na hashtag #plogging no Instagram mostra que ela está ganhando rapidamente popularidade em todo o mundo, com postagens de praticantes na Espanha, Índia, Malásia, Turquia, Portugal e outros países.

Benefícios do plogging

“Eis um treino bom para você e para o planeta”, escreveu a blogueira Rose McAvoy em uma postagem recente no Instagram. “Encontramos uma sacola no chão e a enchemos de lixo na caminhada da escola para casa. Recolhi muito em apenas dois blocos e meio”, conta.

De acordo com ela, um ambiente desordenado afeta os níveis de estresse e ansiedade, e doar alguns minutos para arrumar (dentro e fora de casa) pode deixar o dia inteiro mais calmo. “Aproveite e queime mais calorias, adicionando agachamentos ou golpes à sua rotina”, acrescenta.

A técnica exige que você seja ágil e pare a qualquer momento para pegar lixo, imitando movimentos de musculação para as nádegas e pernas.

“Semelhante ao treinamento com intervalos, o plogging combina passos rápidos de corrida por períodos curtos com movimentos concentrados de braços e pernas”, diz a nutricionista sueca Frida Harju-Westman. De acordo com ela, essa atividade aumenta a resistência e queima mais calorias durante e após o treino do que a corrida normal, melhorando a condição física e diminuindo a gordura para obter melhores resultados.

E fazer o bem para os outros – ou para o meio ambiente – tem relação com a diminuição da pressão arterial e das taxas de mortalidade. Outro estudo também comprovou que os idosos que foram voluntários em alguma atividade tiveram menor perda de memória e maior mobilidade física.

“Quando fazemos as coisas por nós mesmos, essas experiências de emoções positivas são mais fugazes. Elas são dependentes de circunstâncias externas”, afirma o neurocientista e fundador do Centro para Mentes Saudáveis da Universidade de Wisconsin, em Madison, EUA, Dr. Richard Davidson.

Segundo o médico, quando nos envolvemos em atos de generosidade, essas experiências emocionantes podem ser mais duradouras e sobreviver ao episódio específico em que aconteceram.

Ao cuidar do meio ambiente, você está melhorando a saúde em longo prazo. E suas pernas e costas também receberão as recompensas. Será que essa novidade tem chance de conquistar o Brasil?




Fonte (texto): Metro 

Vídeo: Ciclo Vivo 

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