Por Paulo Furstenau*
Há três dias (7/2/2018), o ator Carmo Dalla Vecchia contou em seu Instagram que seu gato havia caído da janela e como ele se sentia mal com isso. Seria mais uma morte evitada se as janelas do apartamento estivessem teladas. Leia abaixo um trecho da postagem, e depois nosso comentário nela.
"Estou me sentindo um 💩! Amava muito meu bicho, mas ele resolveu agora à noite andar no parapeito e virou anjo! Se alguém tiver gato, não deixe a janela aberta porque avisado eu fui e depois quando acontece o que vc pensava que não iria nunca acontecer, vc acaba se sentindo um irresponsável! (...) Desculpe o desabafo! Mas só para que o aviso de que gatos e janelas abertas não combinam muito fique mais aceso em nossas cabeças e se isso ajudar a salvar algum outro bichano que tenha um pai melhor que eu, já vou ficar bem mais feliz e vai me fazer sentir melhor! Já estou ficando cansado de obituários de bichanos, acho que vou desistir de querer ter outros porque quando partem dói muito! Obrigado, Meu pai!"
Nós respondemos o seguinte:
Olá, Carmo,
Somos uma ONG que promove adoção de gatos, cães e outros animais. Soubemos do ocorrido e viemos aqui para cumprir nosso papel de orientar as pessoas (não só você, mas também seus seguidores) a terem um outro olhar sobre a causa animal.
Não precisava manter as janelas fechadas o tempo todo, bastava telar. Todo tutor de gato deve telar todas as janelas da residência, e não apenas quem mora em apartamento, mas também em casa, pois gatos não devem ter acesso livre à rua, onde podem sofrer os mais diversos tipos de violências e acidentes (e idas ao veterinário, viagens e mudanças de endereço devem ser feitas sempre dentro da caixa de transporte própria para gatos).
Outro ponto que você mencionou em um comentário é que você comprou o gato. E aqui deixamos um pedido: não faça isso jamais. Não compre, adote! Animais não são mercadoria. Amor e amizade não se compra. Além disso, o comércio de gatos e cães de raça é uma indústria que visa unicamente ao lucro em cima da exploração e maus-tratos de vidas. E não caia na falácia do “criador sério”, isso não existe - e “um amigo cruzou seus animais e está doando os filhotes” é algo totalmente sem propósito, apenas para atender a caprichos humanos. Pense bem nisso!
Pedimos uns minutos do seu tempo para que leia esses dois textos para entender melhor o que estamos dizendo (ambos se referem à história de uma cadela, mas o mesmo acontece na criação de gatos):
Penso, logo adoto!
*Paulo Furstenau é jornalista voluntário da Associação Natureza em Forma
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