Fotógrafo de natureza reúne cliques de espécies e paisagens do Brasil e da Argentina

O gato-do-mato-grande (Leopardus geoffroyi) foi clicado na Argentina


Envolvido com a fotografia de natureza há oito anos, Glauco Luiz de Oliveira reúne fotos das mais diversas espécies e paisagens de diferentes lugares. “Comecei fazendo registros de montanhas, cachoeiras e paisagens no geral. Depois, meu foco foram espécies que encontrava durante essas saídas”, conta o engenheiro mecânico, que fotografa semanalmente no Brasil e na Argentina, país onde vive atualmente.

Cliques de uma onça-pintada no Mato Grosso do Sul, do galo-da-serra na Amazônia e do ninho de gavião-de-penacho são lembrados por Oliveira, que entende os registros como uma ferramenta de educação ambiental. “Além de servir como uma válvula de escape, imagens da natureza são maneiras importantíssimas de educação ambiental. É isso que tento fazer com meus registros”, conta o engenheiro, que administra uma página no Facebook onde compartilha as fotos. “Minha intenção é fazer com que o maior número possível de pessoas conheça de alguma forma a biodiversidade incrível que temos.”

O clique de um gato-do-mato-grande, na Argentina, ganha destaque no acervo. “O animal, que geralmente é muito arisco, me permitiu observá-lo por 18 lindos minutos”, lembra Oliveira, que aproveita a experiência em outro país para explorar lugares diferentes e conhecer espécies novas. “Na Argentina, pesquiso a ocorrência de espécies em reservas e parques. Aí vou elegendo quais animais gostaria de encontrar e, assim, escolho o lugar.”

O engenheiro realça a importância de registrar as espécies livres na natureza*. “Todos os meus registros são de animais livres. Não utilizo nenhum artefato para atraí-los e valorizo os encontros surpresas, sem interação forçada.”

A onça-pintada é o maior felino do continente americano 


Boana prasina foi clicada em São José dos Pinhais, no Paraná 


Corujinha-do-mato mede 22 centímetros e pesa até 134 gramas 


A cobra-cipó ocorre em quase toda a Mata Atlântica 


O fotógrafo passou 11 horas na mata para registrar a rã-flautinha 


Coral-verdadeira é serpente peçonhenta que ocorre no território brasileiro 


Os bugios** vivem em grupos, em estratos arbóreos 


Plica umbra foi espécie clicada em saídas fotográficas na Venezuela 


Graxaim-do-campo é um mamífero carnívoro da família dos canídeos 


Gavião-de-costas-vermelhas se alimenta 
principalmente de pequenos mamíferos 


Fonte: G1  

Fotos: Glauco Luiz de Oliveira


NOTAS DA NATUREZA EM FORMA:

*1. "Livres na natureza": eis como deve ser a interação entre animais humanos e não humanos. Quem deseja fotografar animais deve ir a um parque nacional ou local similar para isso, assim como faz Glauco de Oliveira. 

Leia a matéria Animais selvagens usados em selfies morrem em poucos meses, revela estudo e veja por que você NUNCA deve tomar parte nessas "atrações". Se você paga para tirar fotos com animais presos, você financia a captura e os maus-tratos contra esses seres inocentes que merecem e querem a liberdade tanto quanto todos nós.

**2. Os bugios estão entrando em extinção no Brasil graças à ignorância e estupidez humana. Esses animais têm sido mortos por envenenamento e pauladas por seres humanos que acreditam que eles transmitem febre amarela. Resultado: uma espécie quase extinta e, ao contrário do que esses assassinos acreditam, maior perigo de contágio de febre amarela entre humanos, pois os macacos são as vítimas preferenciais do mosquito transmissor; se não há mais macacos para picar, o mosquito vai atrás do bicho-homem. Leia mais aqui.

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