Na última quarta-feira (4/10/2017), o Instituto Luisa Mell realizou uma feira de adoção de animais resgatados no bairro Vila Clementino, em São Paulo. No dia do evento, a fila de interessados em adotar os animais virava o quarteirão. Ao saber que os cachorros não eram de raça, só vira-latas, no entanto, as pessoas foram embora. No fim, somente sete cães e dois gatos encontraram novos lares.
"Não queremos aqui fazer juízo de valores sobre a decisão de alguém adotar um cão vira-lata ou um de raça. Porém, infelizmente, a fila que dobrava o quarteirão se dissipou rapidamente quando dissemos que não haveria cães de raça no evento", escreveu Luisa Mell na página da ONG.
"Havia, porém, lindos vira-latas, com histórias tristes anteriores ao nosso resgate, que precisavam tanto quanto os de raça de um lar e de uma família", acrescentou Luisa.
Acontece que aqueles que foram embora da feira sem conhecer os animais acreditavam que ali se encontrariam alguns dos cachorros de raça resgatados pelo instituto na semana passada. Após receber uma denúncia, a ativista resgatou, com o auxílio da Polícia Civil, do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e da Vigilância Sanitária, 135 cães que sofriam maus-tratos em um canil em Osasco, em São Paulo.
Os cachorros estavam em péssimas condições, enclausurados e sem tomar banho — nove corpos de filhotes foram encontrados no lixo. Entre os animais resgatados, estavam cães das raças yorkshire, lhasa apso, pug e labrador golden. Esses animais, no entanto, ainda estão passando por tratamento, e a ONG está batalhando para conseguir a guarda deles.
Indignados com a rejeição aos vira-latas, internautas deram início à hashtag #PosteSeuViraLata no Twitter, onde estão compartilhando imagens e histórias de seus cachorros e gatos adotados.
Fonte: Revista Galileu
Fotos: Twitter / Reprodução
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