Em um relatório de julho deste ano, a Impossible Foods revelou ter testado seu produto principal, o Impossible Burger, em ratos. A companhia disse que a leghemoglobina de soja - o feijão de soja derivado de heme que ajuda o Impossible Burger a imitar as qualidades da carne animal - foi excessivamente consumida por ratos diariamente.
Embora a Food and Drug Administration (FDA) não exija o teste de alimentos em animais, a porta-voz da Impossible Foods, Rachel Konrad, alega que a organização frequentemente questiona a segurança dos alimentos – especialmente aqueles que são inovadores para a indústria alimentícia, como a soja de leghemoglobina. Os ratos e seus comportamentos foram então estudados para saber se a substância tinha um efeito adverso em sua saúde, o que não ocorreu.
Rachel declarou ao New York Times que a companhia estava dando “esses passos adicionais porque o público quer e merece total transparência sobre aquilo que consome”.
A porta-voz disse ainda que a transparência era o “núcleo do DNA” da Impossible Foods após a empresa simular uma preocupação ética em seus hambúrgueres descritos como veganos enquanto explorava ratos, segundo a VegNews.
Em sua página no Facebook, a Impossible Foods faz a seguinte publicidade enganosa: “Juntos, estamos trabalhando para transformar o sistema alimentar global, criando melhores maneiras de produzir os alimentos que amamos, sem concessões”.
A FDA rejeitou a petição da Impossible Foods para aprovar a segurança da soja de leghemoglobina, o que não é legalmente equivalente a considerá-la insegura.
A Impossible Foods planeja reenviar a petição e Rachel argumenta que o heme à base de vegetais é “uma parte de todo organismo vivo”. No relatório de sustentabilidade divulgado em junho, a Impossible Foods revelou que a produção do Impossible Burger usa 75% menos água, 95% menos terra e produz 87% menos emissão de gás do efeito estufa do que os hambúrgueres feitos com animais.
Porém a empresa, que atualmente está no meio de seu objetivo de expandir a distribuição de seus hambúrgueres para mil restaurantes, desrespeitou completamente o público ao não apenas usar ratos como cobaias, como também postergar a divulgação da crueldade.
Segundo o relatório, ratos foram alimentados com grandes quantidades de um dos componentes do hambúrguer e foram acompanhados para averiguar alguma possível reação. Eles receberam doses até 200 vezes maiores do que o normal e, após algum tempo, foram mortos e tiveram seus órgãos estudados.
O número não foi revelado, mas, normalmente, para que se tenha dados estatísticos, costuma-se matar pelo menos 50 animais nesse tipo de teste. Lamentável.
Fotos: Reprodução
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(Foto: Natureza em Forma / Divulgação)
(Foto: Natureza em Forma / Divulgação)
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