O cenário das brincadeiras ao ar livre na infância mudou, e muito, nos últimos anos: um dado da United States Environmental Protection Agency mostra que nos Estados Unidos as crianças passam 90% de seu tempo em lugares fechados. Outra pesquisa indica que 56% das crianças brincam uma hora, ou menos, ao ar livre. No Brasil, as crianças passam em média 5h35 na frente da TV. A falta de contato e de oportunidades de brincar com frequência ao ar livre já mostra seus impactos negativos nas crianças, entre eles obesidade, falta de concentração e miopia.
E como reverter esses males que acometem nossas crianças, causados pelo estilo de vida urbano? A resposta é complexa e envolve muitas variáveis, mas a ciência já comprova o que muitos de nós sentimos na pele durante nossa infância: o convívio com a natureza é um dos elementos que garantem uma infância saudável. Há pesquisas mostrando que as crianças que brincam em áreas verdes ficam mais atentas e conseguem se concentrar melhor. Se uma estratégia tão simples e barata quanto um passeio no parque pode contribuir tanto para a saúde das crianças, por que nossa sociedade muitas vezes lança mão de soluções medicalizantes?
O jornalista e especialista em advocacy pela infância Richard Louv nos guia através de uma reflexão sobre as consequências de manter as crianças sentadas e fechadas em ambientes escolares ou domésticos nesse vídeo feito pelo Criança e Natureza, do Instituto Alana. Privadas do contato direto com a natureza e seus benefícios para a saúde física, mental e emocional, crianças podem apresentar sintomas que Louv denomina transtorno do déficit de natureza.
Veja o vídeo.
Foto e vídeo: Instituto Alana
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