Rosemir Folhas, dono da Vegano Shoes
Químico industrial, Rosemir Folhas tinha uma empresa de produtos químicos usados no acabamento de calçados, até resolver desbravar um novo mercado. “Em 2013, criei a Vegano Shoes, porque não havia no País nenhuma empresa que oferecesse calçados de qualidade que fossem totalmente veganos.”
Segundo ele, o mais importante nesse tipo de calçado é saber a origem do material, pois, além de não usar produtos de origem animal, a matéria-prima tem de ser sustentável.
“A aceitação tem sido muito boa. A cada dia, mais pessoas se tornam veganas ou vegetarianas e estão dispostas a pagar até um pouco mais por um produto que seja realmente sustentável e não gere poluição.”
Folhas afirma que o faturamento melhora a cada ano: “Para 2017, a expectativa é mantermos a mesma faixa de crescimento, porque investimos bastante em matéria-prima e designer, com foco na coleção outono-inverno”.
O bom desempenho da Vegano Shoes reflete o interesse crescente das pessoas pelo assunto e confirma dados de levantamento feito pela Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), realizado por meio da ferramenta Google Trends. A pesquisa aponta que, em quatro anos, o volume de buscas pelo termo 'vegano' cresceu 1.000% no Brasil.
“Nos últimos anos, houve aumento nas buscas e no interesse pelo tema, que varia de 150% a 250% ao ano. A demanda cresce exponencialmente e ainda é maior que a oferta. Com isso, as oportunidades de empreendimentos nessa área são muito promissoras e devem crescer nos próximos anos”, afirma o secretário-executivo da SVB, Guilherme Carvalho.
O prêmio de melhor coxinha do ano, concedido pela SVB à criação dos alunos de graduação em gastronomia Celso Fortes e Michelle Rodriguez, foi o ponto de partida para o lançamento do Açougue Vegano, no Rio de Janeiro.
“Criamos uma receita de coxinha de jaca e participamos do concurso. Com o prêmio, resolvemos ampliar o cardápio e levar o projeto do açougue à frente”, diz Fortes.
Segundo ele, o mais importante nesse tipo de calçado é saber a origem do material, pois, além de não usar produtos de origem animal, a matéria-prima tem de ser sustentável.
“A aceitação tem sido muito boa. A cada dia, mais pessoas se tornam veganas ou vegetarianas e estão dispostas a pagar até um pouco mais por um produto que seja realmente sustentável e não gere poluição.”
Folhas afirma que o faturamento melhora a cada ano: “Para 2017, a expectativa é mantermos a mesma faixa de crescimento, porque investimos bastante em matéria-prima e designer, com foco na coleção outono-inverno”.
O bom desempenho da Vegano Shoes reflete o interesse crescente das pessoas pelo assunto e confirma dados de levantamento feito pela Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), realizado por meio da ferramenta Google Trends. A pesquisa aponta que, em quatro anos, o volume de buscas pelo termo 'vegano' cresceu 1.000% no Brasil.
“Nos últimos anos, houve aumento nas buscas e no interesse pelo tema, que varia de 150% a 250% ao ano. A demanda cresce exponencialmente e ainda é maior que a oferta. Com isso, as oportunidades de empreendimentos nessa área são muito promissoras e devem crescer nos próximos anos”, afirma o secretário-executivo da SVB, Guilherme Carvalho.
O prêmio de melhor coxinha do ano, concedido pela SVB à criação dos alunos de graduação em gastronomia Celso Fortes e Michelle Rodriguez, foi o ponto de partida para o lançamento do Açougue Vegano, no Rio de Janeiro.
“Criamos uma receita de coxinha de jaca e participamos do concurso. Com o prêmio, resolvemos ampliar o cardápio e levar o projeto do açougue à frente”, diz Fortes.
Celso Fortes e Michelle Rodriguez, fundadores do Açougue Vegano
Inaugurado em janeiro, o Açougue Vegano já acumula 7,5 mil seguidores no Facebook e outros dois mil no Instagram. “No primeiro dia de operação, vendemos todo o estoque que havíamos preparado para um mês. Em 10 horas, liquidamos 1.100 coxinhas de jaca, centenas de hambúrgueres de shimeji e shitake, espetinhos de soja, entre outras iguarias”, contam. Tamanha demanda fez a equipe triplicar em pouco tempo: hoje, o negócio emprega 13 pessoas, além dos sócios.
Publicitário há muitos anos, Fortes diz que o insight ocorreu durante uma conversa na bancada da cozinha da faculdade. “Michelle comentou sobre a dificuldade que os adeptos do veganismo têm para encontrar alimentos saborosos. A ideia foi tão irresistível que comprei o domínio www.acouguevegano.com.br assim que cheguei em casa.”
Segundo ele, está entrando em operação o serviço de entregas. “Antes de iniciarmos o serviço, já temos 700 e poucos pedidos efetuados. Muitas famílias fizeram encomendas para vários meses”, comemora.
O empresário conta que todas as receitas foram testadas pelos colegas e futuros chefs, dentro da faculdade de gastronomia, que não são veganos. “Hoje, 50% das pessoas que frequentam o açougue não são veganas nem vegetarianas, o que achamos muito legal. É interessante que todos tenham essa experiência algumas vezes por semana, faz bem para a saúde e para o ambiente”, ressalta.
Fortes conta que o cardápio é composto de 16 itens e que a marca foi convidada para vender os produtos no ALL Carnes, açougue tradicional do Rio de Janeiro. “Até o meio do ano, lançaremos uma unidade em um shopping de São Paulo.”
Com investimento de R$ 35 mil, os sócios esperam chegar ao final do ano faturando em torno de R$ 700 mil com a primeira unidade.
A fundadora da marca Flor de Sal Culinária Vegetariana, Iara Carvalho Pinheiro Machado, conta que a produção de hambúrgueres nos sabores funghi, cenoura, castanha-do-pará e curry ainda é feita na cozinha de sua casa. “Nosso produto é artesanal e quero que continue assim, mas como a demanda é crescente, acho que até o meio do ano deixaremos de ser microempreendedor individual (MEI) para virar microempresa. E até o final do ano, teremos de ocupar um espaço maior.”
O processo de produção foi iniciado em 2012. “Meu filho gostava muito de hambúrguer de carne, mas virou vegetariano há sete anos. Comecei então a desenvolver o produto a partir de uma experiência que já tinha tido durante a época em que fui macrobiótica. Por isso, já sabia como trabalhar com a soja.”
Iara, fundadora da marca Flor de Sal
Iara diz que os sabores foram testados em um ateliê que a filha divide com outros artistas na Vila Madalena. “A aceitação foi boa e a demanda começou a crescer, afinal, os nossos produtos têm sabor, textura e aroma.”
A marca foi lançada em 2014. “Desenvolvi a embalagem, que é feita com papel reciclado, para ter coerência com a proposta vegana. Também faço questão de saber a procedência dos ingredientes, compro de pequenos fornecedores do sul que produzem soja não transgênica. E os demais ingredientes são orgânicos.”
A Flor de Sal já está presente em alguns mercados e hotéis. “Acredito que nossa marca seja a única da linha de hambúrguer que tem o selo vegano da SVB. Foi uma conquista muito importante e levou um ano para ser obtida”, salienta.
Na região de Campinas, a marca que está ganhando mercado é a Vegabom, lançada em 2013. “Começamos com dois produtos para ver a aceitação: o churrasco natural 100% vegano e churrasco natural acebolado 100% vegano”, conta a gerente administrativa, Dorothéia Araújo.
De acordo com ela, as fórmulas e temperos dos oito produtos comercializados pela Vegabom se baseiam em mais de 30 anos de experiência de vegetarianismo do fundador da marca, Valnei dos Santos Souza. O negócio emprega 12 pessoas e cresce ano a ano.
Até 2014, a loja on-line Guia Vegano, criada pelo catarinense Alex Fernandes, vinha crescendo. “Com a recessão, muitos produtos não estão conseguindo se manter no mercado. Mas nós já vínhamos apostando na fabricação de produtos artesanais de boa qualidade, vendidos pelo menor preço possível, dessa forma estamos conseguindo escoar a nossa produção”, conta Fernandes.
O empresário diz que o negócio é tocado com o engajamento de toda a família. “Além da loja virtual, que atende clientes de todo o Brasil, temos um ponto físico no centro de Florianópolis que faz entregas.”
A marca produz queijos feitos com leite de castanha de caju e de amêndoas. “Estamos quebrando paradigmas e provando que o alimento vegano pode ser tão saboroso quanto os produtos feitos com insumos de origem animal.”
Além de produtos próprios, a loja revende outras marcas. “São aquelas eleitas pela seleção natural do mercado como as vencedoras da crise. Após este período, acredito que o mercado sairá fortalecido e mais amadurecido”, avalia Fernandes.
O empresário espera que a crise seja abrandada no segundo semestre: “Nossa perspectiva é crescermos em 2017”.
Alex Fernandes, dono do site Guia Vegano
Fernandes afirma que a cada dia mais pessoas veem o veganismo como sendo o melhor caminho para a saúde das pessoas, do planeta e claro, para os animais. “A maior parte dos clientes pertence às gerações Y e Z, mas eles acabam trazendo outros membros da família.”
O empresário afirma que um dos grandes indicativos da pujança do mercado vegano é o grande número de eventos e feiras sobre o assunto que têm ocorrido pelo País. “Nessas ocasiões, a resposta do público é muito positiva. Esse mercado ainda é carente de produtos. Por esse motivo, eventos desse tipo lotam. É assim na Europa, América, Austrália e Oriente. Vivemos um fenômeno cultural de transformação que é irreversível”, avalia.
Diretora-executiva da Carob House, Eloisa Helena Orlandi diz que a marca, lançada em 2003, produz chocolates e barras de cereais à base de alfarroba, sem adição de leite e outros insumos de origem animal.
“Desde o início, temos o Selo Kosher, atestando que nossos produtos são adequados ou permitidos pelas leis alimentares do judaísmo”, conta. Com o crescimento do veganismo no País, a Carob House também pleiteou e obteve o Selo Vegano, concedido pela Sociedade Vegetariana Brasileira.
A executiva diz que a ideia do negócio surgiu quando ela e o marido, Carmine Giunti, hoje diretor industrial da marca, moravam no Canadá. “Voltamos ao Brasil em 1998 e iniciamos as pesquisas para o desenvolvimento dos produtos.”
Perto de completar 19 anos de mercado, Eloisa considera que hoje o segmento vegano tem um público bem definido. “São pessoas que levantam a bandeira da proteção ecológica. Acredito que esse crescimento decorra da maior organização dessa filosofia de vida.”
A executiva também realiza trabalho de conscientização entre seus fornecedores para impedir a ocorrência de trabalho escravo e que as matérias-primas sejam testadas em animais. “Nossa empresa é ecologicamente correta em toda a cadeia produtiva.”
O negócio, que no início tinha apenas os dois fundadores, agora emprega 60 funcionários diretos, além de terceirizados que cuidam da logística, contabilidade, vendas etc. A meta da executiva para este ano é faturar R$ 18 milhões, um crescimento 30% maior sobre 2016.
Eloisa Helena Orlandi, diretora-executiva da Carob House
Instalada em Campina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba, a Carob House tem plano de expansão para o próximo ano, quando a nova fábrica de 2.300 metros estiver concluída. “Estamos em uma área cercada por um bosque de araucárias. Para expandir, compramos terreno na área industrial do município. Depois da mudança, iremos triplicar o número de funcionários diretos, porque também estamos desenvolvendo novas criações.”
Eloisa conta que, até o momento, a marca atende somente ao mercado interno, apesar de ter consultas para exportações. “Estamos desenvolvendo um sistema para vender pela internet. Hoje, a pulverização dos produtos ocorre por meio de lojistas que compram diretamente da fábrica ou de distribuidores independentes.”
Fonte e fotos: Estadão
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