Eu sonhei um sonho

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Por Paulo Furstenau*


De hoje (17 de outubro de 2016) até 23 de outubro, Nova York recebe o Wildlife Conservation Film Festival (WCFF - "Festival de Filmes da Preservação da Vida Selvagem", em tradução livre), "uma organização cuja missão é informar, engajar e inspirar o público sobre a necessidade e importância da proteção da biodiversidade global", de acordo com seu site

A agência de publicidade DDB NY criou, como chamada para o Festival, a animação Dream ("Sonho"), em que animais cantam sobre como sonharam que suas vidas seriam bem diferente do inferno que é hoje. A letra é da canção I Dreamed a Dream ("Eu sonhei um sonho", em tradução livre), do musical Les Misérables, baseado no livro homônimo do francês Victor Hugo, publicado em 1862. 

A versão cinematográfica da obra (Os Miseráveis, em português), de 2012, foi indicada para oito Oscar (incluindo melhor filme), tendo ganhado três, incluindo melhor atriz coadjuvante para Anne Hathaway. No filme, é ela quem canta I Dreamed a Dream, que também ficou marcada na voz de Susan Boyle, que se tornou famosa ao interpretar a canção no programa Britain's Got Talent.

Veja abaixo a animação Dream, que tem em sua ficha técnica diversos brasileiros e é cantada por Natalie Bergman, Ryan Merchant, Keenan O'Meara e Tal Altman. Abaixo, a tradução da letra (os trechos entre parênteses fazem parte da letra original, mas não estão no vídeo).

"Não deixe o sonho se extinguir" é a mensagem que o WCFF deixa no final, chamando o público para o Festival e para a conscientização. 



Eu sonhei um sonho


(Houve um tempo em que os homens eram bons

Quando suas vozes eram suaves

E suas palavras encorajadoras

Houve um tempo em que o amor era cego

E o mundo era uma canção

E a canção era empolgante

Houve um tempo... e então tudo deu errado)


Eu sonhei um sonho num tempo que se foi

Quando as esperanças eram altas e a vida valia ser vivida

Eu sonhei que o amor nunca morreria

Eu sonhei que Deus seria misericordioso


Então eu era jovem e destemido

Quando os sonhos surgiam e eram usados e desperdiçados

(Não havia resgate a ser pago

Nem canção não cantada ou vinho não provado)


Mas os tigres vêm à noite

Com suas vozes suaves como o trovão

Como se despedaçassem suas esperanças

Como se transformassem seus sonhos em vergonha


(Ele dormiu por um verão comigo

Ele preencheu meus dias com amor sem fim

Ele levou minha juventude em seus passos largos

Mas ele se foi quando o outono chegou)


E eu ainda sonhava que ele viria até mim

Que viveríamos os anos juntos

Mas há sonhos que não podem ser

E há tempestades que não podemos prever


Eu tive um sonho de como minha vida seria

Tão diferente desse inferno que estou vivendo

Tão diferente agora daquilo que parecia

Agora a vida matou o sonho

Que eu sonhei


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*Paulo Furstenau é jornalista voluntário da Associação Natureza em Forma

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