Uma segunda chance para humanos e animais




Dois presídios nos EUA dão verdadeiros exemplos de como reabilitar seus detentos, ambos por meio da reabilitação também de animais. E são os próprios presidiários que ficam responsáveis por esse trabalho. Seres humanos que erraram e animais abandonados e maltratados se ajudam a alcançar uma nova vida.


No estado da Geórgia, o projeto Jail Dog (Cão de Cadeia) está salvando, ao mesmo tempo, a vida de presidiários e animais que estavam condenados ao Corredor da Morte no Centro de Zoonoses da região.

O projeto está ensinando aos presos a arte do adestramento de bichos, utilizando como 'modelos vivos' os cães e gatos do Centro de Zoonoses que já estavam com data marcada para serem sacrificados por apresentar comportamento violento.

Os animais que participam do projeto passam exatas 12 semanas 'morando' no presídio do Condado de Gwinnett com os presos, que também ficam responsáveis por todos os cuidados básicos dos bichos, como higiene e alimentação.

Ao fim do processo, nada de voltar ao Corredor da Morte! Os animais, que foram adestrados pelos presos, são encaminhados para adoção para serem reinseridos na sociedade - assim como os presos, que ganham uma oportunidade de se recolocar no mercado de trabalho ao aprender uma nova ocupação profissional. Segundo o Jail Dog, muitos deles estão sendo contratados por clínicas veterinárias e pet shops quando terminam de cumprir pena. 

Ao mesmo tempo, o projeto recupera dois grupos discriminados e considerados 'casos perdidos' por grande parte da sociedade: os animais violentos e os presidiários. 








Já no Centro de Detenção do condado de Monroe, no estado da Flórida, o que começou com somente alguns patos e uma cerca, 21 anos atrás, é hoje uma verdadeira fazenda, ao lado do presídio, com 150 animais, incluindo três preguiças, uma alpaca chamada Floco de Neve e um cavalo miniatura chamado Amendoim. Esses animais chegam à fazenda através de uma rede de resgate de animais que conecta o país inteiro.


Os detentos cuidam diariamente dos animais junto de veterinários e outros profissionais. Quem sustenta a empreitada é a própria comunidade, através de doações. Duas vezes por mês, a fazenda é aberta à visitação pública, recebendo mais de 200 pessoas em média.

Essa troca tem dado certo há mais de duas décadas: talvez seja pela empatia de se perceberem, detentos e animais, em situações semelhantes, talvez seja a oportunidade de trocarem afeto sem serem julgados, ou simplesmente pela bondade que potencialmente há em todos nós – e que os animais podem sempre ajudar a fazer florescer.

























Fotos: Divulgação Jail Dog (primeiro presídio) e Upworthy (segundo presídio)

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