Eles não têm o dom da fala, mas um cãozinho, muitas vezes, parece entender o dono mais do que qualquer outro ser humano. Isso ainda não foi constatado cientificamente, porém, é comprovado que tê-los por perto faz muito bem à saúde, até mesmo nos momentos difíceis.
Com o intuito de oferecer maior tranquilidade às pessoas portadoreas de doenças e que precisam de tranquilidade para enfrentar tratamentos pesados, o Instituto MAPAA (Instituto Meio Ambiente e Proteção Animal) oferece a terapia com cães há pouco mais de um ano. De acordo com Mikael Freitas, diretor da ONG, o trabalho começou com a preparação do Vini, da raça Golden: “vimos que havia a possibilidade de levar toda sua calma e carinho a pacientes que precisavam de um momento de conforto e alegria.” Mas a atividade de terapia com pets existe há mais tempo no país, desde 1997, prática introduzida pela psicóloga Hannelore Zucks.
Além dos animais criados pelo próprio Instituto, a ONG faz um belo trabalho com cães abandonados, que são retirados das ruas e levados para o local. Os animais recebem todos os cuidados necessários e tratamentos. “Cães que sofreram durante determinado tempo de suas vidas, quando estiveram nas ruas, podem dar um grande exemplo de perdão e de carinho ao realizar visitas em hospitais”, completa o diretor.
Muita atenção e cuidado são tomados para a preparação desses bichinhos para as sessões, principalmente nos casos de quimioterapias infantis assistidas pelos cães Segundo Mikael, qualquer cão que vá fazer este tipo de contribuição no tratamento de crianças com câncer precisa passar por um treinamento profissional. “O adestramento é essencial para garantir um cachorro tranquilo e preparado para ser muito afagado pelas crianças. É muito importante que eles estejam preparados para que todo o processo de visita seja muito agradável e traga alegria e bem-estar aos pacientes. Além do comportamento e da postura dos cães, todo cuidado com vacinas e higiene é tomado. Banho e higienização bucal são requisitos básicos do bem-estar animal antes das visitas”, explicou.
Ao contrário de tratamentos farmacológicos, que causam dependência ou efeitos colaterais, a interação do cão terapeuta com crianças com câncer estabelece uma melhoria natural nos quadros clínicos de alguns pacientes. “Ficar internado num hospital é muito diferente de estar em casa, o ambiente muitas vezes não favorece uma vivência calorosa, aconchegante e receptiva. Em alguns casos, é difícil relaxar e distrair o pensamento para além da condição de cada paciente. Assim, a companhia de um cão auxilia no relaxamento e na possibilidade de uma experiência de pura troca de carinho. O que pode trazer uma série de benefícios como o fortalecimento e o estímulo emocional, que podem ajudar na recuperação ao oferecer companhia e esperança à criança”, analisa Mikael. Nestes casos, são diversos os casos de melhoria do sistema imunológico, o comportamento depressivo tende a diminuir, assim como a ansiedade.
Estar à frente desta causa significa colocar a compaixão sempre em evidência, tanto para os cuidados com os animais como para a sensibilidade de trabalhar com pessoas doentes. Para Mikael, a recompensa está “no momento de felicidade e de prazer pela própria vida que estas crianças sentem durante a visita do cão terapeuta.”
PETMAG
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