Você acorda num belo dia de sol. Depois de um café da mannhã com frutas orgânicas, atravessa a porta dos fundos e enche a cesta com rúculas, tomates, rabanetes e cenouras, estalando de tão fresquinhos.
Uma cena de filme, não é mesmo?! Pois saiba que não é tão impossível assim como você acha. O hábito de plantar e colher o próprio alimento está invadindo as cidades. Pessoas mesmo em apartamentos pequenos conseguem produzir hortaliças e temperos frescos. Tudo de que você precisa é de um pouco de sol, água e tempo.
Até uma ou duas gerações atrás, muitos alimentos como – arroz, feijão, mandioca, milho, couve – eram produzidos no próprio terreiro de casa. Frutas? As crianças trepavam nos pés de manga, laranja, limão, tamarindo, goiaba e jabuticaba e comiam ali mesmo. Se alguém tinha uma dorzinha, corria a mãe para colher funcho, quebra-pedra, boldo e preparava num instante um chá, que se não sarasse, pelo menos aliviava e reconfortava. Muitos de nós que nasceu no interior ainda tem essas lembranças como algo nem tão distante.
Mas as cidades cresceram, e as hortas e pomares não couberam mais na vida das pessoas. Para que ter pé de limão galego nos fundos de casa, se você pode pegar o carro e ir até o mercado comprar (ahn?) ? Para que ter de plantar, regar e podar se você pode pagar por verduras no sacolão do bairro, aquelas mesmas que cresceram a uns 100 km de distância, com não se sabe quanto agrotóxico, e que vêm convenientemente transportadas por caminhões fumacentos, embaladas e não tão frescas, mas, é o preço que se paga por ter vegetais mesmo fora de época, à nossa conveniência.
Somos nós, ou a vocês também parece um contra-senso? Pois é. Achamos tão prático ir até o mercado comprar frutas, verduras e legumes e achamos tão difícil arranjar alguns vasos, terra e sementes e tirar cinco minutos do nosso dia para cuidar de um canteiro.
Prazer em cultivar
Além da praticidade e economia, ter uma horta em casa é algo muito prazeiroso pois você tem a oportunidade de colher seu próprio alimento, cuja origem você conhece. Você mesmo cuidou e tem a recompensa. Dá uma satisfação grande saber que você pode produzir o seu alimento.
Se você precisa de mais um argumento, pergunte pra Nádia Cozzi qual o sabor e a textura do alimentos orgânicos, capazes de tornar um simples prato algo muito mais prazeroso. Sem falar na saúde, né? O que você acha pior: uma lagarta no alface ou o agrotóxico invisível, que faz mal para os neurônios? Se você achar uma lagarta na sua acelga, não precisa surtar. Água e um pouco de vinagre bastam. Mas e o agrotóxico, como se livrar dele? Infelizmente, eles tendem a se acumular nas cascas, uma das partes mais nutritivas das frutas. Por mais que você lave ou deixe de molho, o danado continua lá, pois na maioria dos casos é incorporado nas células das plantas.
Quer mais? Cuidar de uma horta é uma terapia! É imensamente mais prazeroso regar a horta todos os dias do que pegar 25 minutos de fila no supermercado no início da semana. Ouvir a água caindo nas folhas é relaxante.
Promovendo a sustentabilidade em sua casa
Outra coisa a se pensar é sobre os ciclos naturais. Na natureza, todos os ciclos são fechados e curtos: isso impede o desperdício. Por isso cada vez mais incentiva-se a consumir produtos produzidos localmente. O que costumamos fazer nas cidades é comprar algo que vem de longe, num sistema de transporte que emite CO2 e outros gases, e que consome combustível fóssil, e depois gerar restos que também serão recolhidos por caminhões até um aterro sanitário (se você tiver sorte).
Mesmo que não possamos produzir todo nosso alimento, podemos ser ao menso um pouco mais autônomos e sustentáveis ao produzir o que pudermos em casa. Não há mais local do que isso! Se você tiver seu próprio canteiro e ainda fizer compostagem dos restos, parabéns, você conseguiu fechar o ciclo do seu alimento.
Como posso começar?
E aí, animou? Visite o blog Do Nosso Quintal para ver como é mais fácil do que você imagina! Aqui em casa adotamos essa idéia e já colhemos, literalmente os frutos.
Fonte: Coletivo Verde
Fonte: Coletivo Verde
Nenhum comentário:
Postar um comentário